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da bruna balke mancano 5 anni

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Temporalidade em Benjamin

A abordagem sobre o conceito de temporalidade propõe uma reflexão que vai além da simples progressão linear entre passado, presente e futuro. Em vez de enxergar o passado apenas como um estágio que leva ao futuro, é sugerido que ele seja visto como uma urgência histórica, uma necessidade de assumir a responsabilidade tanto pelo passado quanto pelo futuro de maneira coletiva, e não individual.

Temporalidade em Benjamin

TEMPORALIDADE

HISTÓRIA

ESCOVAR A HISTÓRIA A"CONTRA-PELO"
OBSERVADOR CRÍTICO, DISTANCIADO

SIGNIFICADO POLÍTICO

No sentido político há a mensagem de que mudar o“sentido da história”, seu rumo inevitável, sua perspectiva de progresso linear, exige lutar “contra a corrente”, de modo a interromper a permanência da opressão, da barbárie (Cf. Löwy,2005, p. 74).

SIGNIFICADO HISTÓRICO

No sentido histórico aponta para a necessidade de superação da postura servil e reprodutivista, onde a tradição triunfal nega a tradição dos orpimidos.

"Nunca há um documento da cultura, que não seja, um documento de barbárie".

ACEDIA
É O MÉTODO DA EMPATIA, SUA ORIGEM É A INÉRCIA DO CORAÇÃO, A ACEDIA, QUE DESESPERA DE PROPRIAR-SE DA VERDADEIRA IMAGEM HISTÓRICA, EM SEU RELAMPEJAR FUGAZ

PARA OS TEÓLOGOS MEDIEVAIS , A ACEDIA É O PRIMEIRO FUNDAMENTO DA TRISTEZA. TRISTEZA, POIS O INVESTIGADOR HISTORICISTA TEM EMPATIA COM O "VENCEDOR".

BENJAMIN RECUSA ESSE MÉTODO, POIS LEVA A UMA SUBMISSÃO AO PASSSADO E UMA IDENTIFICAÇÃO AFETIVA COM OS VENCEDORES.

Experiencia do tempo-de-agora (Jetztzeit)

NÃO COMO A IDEIA PROGRESSISTA, DE UMA EXPERIENCIA DO PASSADO QUE ABRE O FUTURO.
MAS COMO URGÊNCIA HISTÓRICA, QUE SITUA A NECESSIDADE DE RETOMAR A PRÓPRIO ENCARGO, O PASSADO E O FUTURO. (REDENÇÃO, NÃO INDIVIDUAL, MAS COLETIVA).

O passado “tem de ser capturado”, mas ele é “uma imagem irresistível”, que “passa célere e furtiva”; uma luz que “lampeja justamente no instante de sua recognoscibilidade, para nunca mais ser vista”, que “ameaça desaparecer com cada presente que não se reconhece como nela visado” (Teses V, 2005, p. 62).

Articular o passado historicamente não significa conhecê-lo ‘tal como ele propriamente foi’. Significa apoderar-se de uma lembrança tal como ela lampeja num instante de perigo” (Teses, VI, 2005, p. 65). Significa que ele “tornou-se citável” (Teses, III,2005, p. 54) e só se pode citar o que tiver testemunho.

O tempo-de-agora (Jetztzeit) corta a noção de progresso linear por indicar a possibilidade de um instante autêntico e inovador capaz de interromper o continuum homogêneo da história.

E como abertura para o futuro, a superação da opressão

Jetztzeit faz sentido como memória do passado, memória das vítimas, da opressão.

IDEIA DE PROGRESSO

A ideia de progresso carrega consigo uma compreensão de tempo homogêneo, vazio, mecânico, o que leva a uma abordagem linear e meramente quantitativa. Tudo é entendido como automático, contínuo, infinito, cumulativo,

Obra: Sobre o conceito de história (1940)

“a tradição dos oprimidos nos ensina que o ‘estado de exceção’ no qual vivemos é a regra”. (Teses, VIII, 2005, p. 83)
O fascismo e o progresso coincidem com o “estado de exceção”.não rompem com a opressão

O fascismo, neste sentido, precisa ser “desvendado” como fruto do progresso da modernidade, como o “estado de exceção” que se apresenta como regra, como parte do continuum da história. Fazer a leitura correta da “regra” que é vigente implica notar que este continuum é o de manutenção da opressão que produz as vítimas que ficam no caminho do cortejo triunfal do progresso.