29 de fevereiro
O começo da história
O ciclo do nosso calendário foi baseado
no ciclo do dia solar, como qualquer outro.
Outro ciclo muito importante antigamente era o ciclo lunar.
Por último, havia o ciclo anual das estações.
Esses ciclos não eram múltiplos uns dos outros,
havendo assim, várias complicações em cada um deles.
O primeiro calendário foi baseado nos
ciclos lunares. Cada lua indicava um novo mês, o que não era agradável o suficiente para comunidades agrícolas. Pelo ano não possuir um número inteiro de meses lunares, a quantidade de meses podia variar entre 12 e 13 meses (353 dias ou 385 dias).
Resolução do
problema
Os egípcios resolveram o problema de início
criando um calendário exclusivamente solar.
Contendo 365 dias, uma aproximação razoável,
e seu começo e fim não havia relação com as
fases da lua. Sua civilização durou muito tempo,
e seu calendário havia um defeito de aproximadamente 6 horas.
Essas 6 horas foram se acumulando, até que era notável a diferença para com a época das cheias do
Nilo. Astrônomos da antiga Alexandria notaram o problema e a solução que deram era simples: de quatro em quatro anos, haveria um dia adicional no calendário, criando assim o ano bissexto.
Quando Júlio César havia voltado de sua campanha no Egito, se impressionou com o conhecimento astronômico de Alexandria. Pelo calendário romano estar um caos, César chamou um alexandrino chamado Sosígenes para encarregá-lo de solucionar o problema. Assim, o novo calendário passou a ser conhecido como juliano, remodelando os meses e estabelecendo como ano 1, o ano de 45 a.C. e instituindo um ano de 365 dias, com um dia a mais de quatro em quatro anos.
Resultado
O calendário juliano foi adotado pela Igreja
Católica, mantido como calendário oficial da cristandade até fins do século XVI, tendo como única mudança o ano base para a data suposta
do nascimento de Cristo. Portugal, em 1422, aderiu a essa nova era por determinação do rei D. João I.
Naquela altura, o calendário já não estava
mais de acordo com as estações. Os 11 minutos de
desfasamento entre o ano juliano e o ano solar já vinham se acumulando ao longo dos séculos e nos anos finais do século XVI, já tinha 10 dias de atraso. O papa Gregório XIII decidiu reformar o calendário, seguindo a proposta do astrônomo Aluise Lilio com o apoio do cosmógrafo Cristóvão Clavius, suprimindo 10 dias ao calendário, para repor a correspondência de 21 de março com o equinócio de Primavera. Para evitar desfasamento no futuro, alguns anos bissextos foram anulados.
Considerações
extras
Os anos múltiplos de 100 passaram
a não ser mais bissextos, com exceção
dos divisíveis por 400, sendo a exceção
da exceção. Com essas regras, o calendário
atual só estará desfasado de 1 dia em relação
ao ano solar no ano de 4909.