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por Ruama Stephany Duarte da Silva 1 ano atrás

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OSTEOARTRITE

A osteoartrite é uma doença articular caracterizada por dor e crepitação, frequentemente diagnosticada através de critérios clínicos e exames físicos. É fundamental realizar diagnósticos diferenciais para distinguir de outras condições como artrite psoriásica, séptica, gotosa, espondilite anquilosante e artrite reumatoide.

OSTEOARTRITE

OSTEOARTRITE

Tratamento

Não farmacológico
Transplante alogênicos de condrócitos: corrige até 2 cm.
Complicações cirúrgicas: TEP e TEV.
Contraindicação absoluta: infecção local ,cutânea e intrarticular.
Artroscopia: retirada de microfragmentos
Cirurgia: artroplastia: coloca uma prótese no local lesionado. Já vem de um tratamento refratáŕio. Quanto mais velho, mais indicado.
Massagens
Educação do paciente em relação aos trabalhos manuais.
Acupuntura
Compressas quentes e frias (15- 20 min) alternadas
Aplicação do frio para aumentar o limiar da dor.
Hidroterapia com água aquecida; fisioterapia.
Uso de órteses: bandagem, palmilhas e bengalas.
Imobilização em casos de OA na mãos
Redução de peso
Exercícios de fortalecimento muscular e de baixo impacto.de 3-5x na semana
Farmacológico
Infiltrativo: corticoides
Tópico: Capsaicina; Diclofenaco (AINEs tópico)
Oral: opioides e analgésicos; corticoide ( prednisolona).
Imunomodulador:
Hidroxicloroquina: efeitos adversos: naúseas e vômitos, alteração visual; 125- 250 mg/ dia, com o objetivo para inflamação.
Diacereína: 1-2 cápsulas diárias. Terapia maior que 6 meses.
Capsaicina: atua inibindo a sustância P.
Condroprotetores: sulfato de Glucosamina e Condroitina
Infiltração com corticoide: 3-4x por articulação. Pode durar até 72 horas. Triancil (nome comercial)/ Hexacetonido de Triancinolona. Apresenta potencial de atrofia.
Derivados do ácido hialurônico (viscosuplementação): semestralmente.
Opiodes:Tramadol 50- 100mg e aumenta de acordo com a necessidade do paciente; pode associar com AINEs; Dose: 6/6 h. Efeitos colaterais: fratura em idosos; sedação; abstinência; constipação.
Duolexina: 60- 120 mg/ dia. Dor refratária. Pacientes com fibromialgia. Efeitos colaterais: mialgia.
Dipirona: 500 mg - 1 g de 6-6h. Dose máxima: 4g. Alerta á granulositose
Paracetamol: analgésico e antipirético. Indicação: dor leve e moderada. Dose usual: 500 ou 750mg de 6/6 h. Dose máxima: 3 g. Dose tóxica: 6g.
Sintomáticos: AINES, porém apresenta interação medicamentosa. ; Naproxeno 500 mg 12/12h; Ibuprofeno 600 mg 8/8h. Deve ser utilizado por 3-5 dias. Efeitos colaterais: úlcera péptica. Deve solicitar hemograma, função renal e ionograma. Prescrever junto um IBP.

Diagnóstico diferencial

Espondilite anquilosante: Junção das vértebras. Pacientes mais jovens.
Artrite séptica: principalmente em adultos; Artrocentese: 50.000 a 150. 000; dor extrema, pode ter febre e queda do estado geral.
Artrite gotosa: comum em homens; apresenta alteração radiológica; apresenta cristais; podagra( hálux)
Artrite psoriásica: mais comum em homens; alteração nas unhas; posterior à psoríase
Artrite reumatoide: rigidez matinal > 30 minutos; doença sistêmica; calor ao toque; VHS aumentado; FR e Anti- CCP (específico para AR);

Diagnóstico

Diagnóstico basicamente clínico. Os exames complementares servem para descartar diagnóstico diferencial.
Tabela do Colégio Americano de Reumatologia
Além da dor, existem critérios para mão e quadril.
Exame físico
Mal formação anatômica; aumento do volume sinovial; Derrame sinovial é frio; nódulos de Bouchard ( IF proximal) e Heberden (IF distal)
Crepitação (típico da OA- sente e ouve) e estalido (só ouve)
Exames de imagem
Radiografia de bacia: incidência AP; In- let ; Out-let; perfil
Incidências de mão, pé, quadril e joelhos: ?
Radiografia convencional (AP); RNM (alto custo e indicado para fase inicial); USG (para visualizar derrame sinovial e para guiar atrocentese e infiltração de corticoide); artrografia (TC) quando não houver a disponibilidade de RNM.
Exames laboratoriais
Anti- Ro e Anti- La: relacionados à Sindrome de Sjogren
ASLO: pacientes com Streptococcus
FR: fracamente reagente (até 80)
FAN: doenças autoimunes
Alfa- 1 glicoproteína ácida:
Não existe exames lab para diagnosticar OA; porém, serve

Quadro clínico

Estalidos alterados
Atrofia da musculatura periarticular
Não é a doença inflamatória sistêmica
Localizado; exacerbada com os movimentos; piora ao longo do dia; piora com o frio.
Limitação de movimento ( limita a flexão nos joelhos; e nos dedos, limitação da extensão (dedo em martelo) ; limita a rotação interna do quadril; marcha antálgica.
Na fase inicial: dor e rigidez até 30 minutos.

Fatores de risco

OBS: osteoporose e tabagismo são fatores protetores para OA.
Idade; sexo feminino após os 60 anos; genu varo e genu vago (mais adquirido) congênitos; obesidade (na mão: causa metabólica); doenças metabólicas sistêmicas; trabalhos manuais exaustivos (indústria téxtil; ; menor escolaridade; atividades físicas exaustivas (atletas de alta intensidade); sarcopenia; vitamina D; osteonecrose (sintomas semelhantes com a OA de quadril).

Fisiopatologia

Neoformação da cartilagem subcondral
Alteração cartilaginosa: mais destruição em relação à produção do coĺágeno tipo II, consequentemente,
Alteração óssea: esclerose óssea por conta da ação de osteoblastos resultante da micro lesão óssea.
Remodelação cartilaginosa através dos condrócitos, no entanto, produzem as cartilagens não funcionais.
Quebra da homeostase somada com o estresse celular e citocinas pró- inflamatórias, por exemplo, IL 1 e TNF- alfa.

Epidemiologia

Mulher: mão, quadril e joelhos. Homem: art. coxofemoral
Mulheres apresentam maior incapacidade
Prevalência de 16% no Brasil
Aumenta em mulheres após os 60 anos.
Igual entre os sexos até os 45 anos

Definição

Secundária: ocorre quando é causada por algum trauma
Primária: monoarticular ou poliarticular. De causa idiopática ou decorrente de mecanismos genéticos.
A artropatia mais comum. È uma doença degenerativa progressiva lenta cartilaginosa e sinovial.