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realizată de Beatriz Sousa 2 ani în urmă

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Poesia do ortónimo

Em uma análise profunda da poesia ortônima, observa-se um contraste marcante entre sonho e realidade. A realidade é descrita como um espaço de infelicidade, angústia e frustração, enquanto o sonho oferece um refúgio de paz e felicidade.

Poesia do ortónimo

esta felicidade é apenas atingida recorrendo ao/à

Beatriz Sousa, nº9, 12º1

Assim, nasce a poesia do ortónimo, que o próprio apresenta como uma construção de sentido/fingimento artístico, ou seja, nos seus versos, a razão prevalece com tudo o que a ela está associada - o tédio existencial e a dor da consciência.

poesia heterónima de Fernando Pessoa - fragmentação nos vários "eus" que avassalam Pessoa

Segundo o sujeito poético, a única forma de atingir a felicidade é através da inconsciência.

Opostamente, à felicidade advinda da infância e do sonho, surge a dor de pensar, a consciência, a realidade.

O sonho funciona como evasão a uma realidade angustiante, onde tudo é realizável.

A infância surge como época de inconsciência, logo a felicidade é possível.

Fernando Pessoa

Poesia do ortónimo

A nostalgia da infância

ex: "Quando as crianças brincam"; "Pobre velha música!"
"Eu" lírico
Presente

Adulto

Infelicidade

Passado

Criança

Felicidade

Constitui um símbolo de pureza, plenitude, inconsciência, sonho, felicidade, paraíso perdido - "E toda aquela infância/Que não tive me vem"
Infância resulta de um processo de intelectualização e é literalmente trabalhada
Infância desprovida de experiência biográfica
Trata-se de uma saudade, de uma nostalgia imaginada

Sonho e realidade

ex: "Não sei se é sonho, se é realidade"
Realidade - local de infelicidade, angústia, frustração, desalento e tédio
Fragmentação interior, identidade perdida - "Nunca me vi nem achei."
No sonho tudo é possível, a plenitude é atingida, mas na realidade nada é atingido, acabando o "eu" por fazer uma introspeção, revelando desconhecimento perante si próprio
Sonho - local de paz e inconsciência, local de felicidade
Indistinção entre estados ilusórios e reais - "Não sei se é sonho, se é realidade"
O sonho pode ser uma forma de evasão, refúgio, para o "eu" lírico, que se sente prisioneiro no interior de si mesmo
A felicidade tem de começar dentro de nós próprios, tem de vir do interior e não dos fatores externos - "É em nós que é tudo."
A "ilha" representa os fatores externos; estes por si só não trazem felicidade, não curam a infelicidade

A dor de pensar

A dor, a frustração tomam conta do sujeito poético devido à constante intelctualização
ex: "A ceifeira"; "Gato que brincas na rua"
Sujeito poético é consciente da sua infelicidade
Inveja e deseja estado de inconsciência
Lucidez interfere para destruir
Intelectualização permanente
Sujeito poético deseja ser inconsciente, feliz, mas ter consciência disso
Ambição impossível de ser conscientemente inconsciente - "Ter a tua alegre inconsciência,/E consciência disso"
Só se é feliz quando se é inconsciente
Ser inconsciente leva à infelicidade

O fingimento artístico

ex: "Autopsicografia"; "Isto"
"O poema torna-se, assim, uma construção de sentido e não uma construção sentida...", RAMOS, Auxília, e BRAGA, Zaida
O coração entretém a razão, a emoção interage com a razão
As emoções são trabalhadas
A poesia é o resultado da intelectualização da emoção
ou seja, o peta finge os sentimentos através da razão, do pensamento
O poeta "filtra tudo através da inteligência e o texto é produto da imaginação."
O poeta mente O poeta finge os sentimentos
4ªdor - dor sentida posteriormente pelo leitor (coração)
3ªdor - dor lida (razão)
2ªdor - dor evocada/passada para o papel (razão)
1ªdor - dor sentida (coração)