Puerpério Patológico
Prevenção e monitoramento
Monitoramento pós-parto
Suporte psicológico
Acompanhamento de saúde mental para identificar sinais de depressão ou psicose
Avaliações clínicas
Exames periódicos durante o período puerperal para detectar complicações precocemente
Medidas preventivas
Intervenções intraparto
Uso prudente de ocitocina e outros medicamentos
Prevenção de lacerações, infecções e traumas
Assistência pré-natal
Identificar fatores de risco e realizar psicoeducação
Outras complicações
Subinvolução uterina
Tratar com uterotônicos e antibióticos se infecção associada
Avaliar tamanho uterino e realizar USG (identificar restos placentários)
Sangramento uterino persistente e dor abdominal contínua
Retardo na redução do tamanho uterino após o parto
Retenção de lóquios
Tratar com medicação uterotônica e, se necessária, curetagem
É feita palpação uterina (verificar tamanho e consistência) e USG (identificar restos placentários)
Ausência de loquiação e dor pélvica persistente
Complicações psiquiátricas
Psicose puerperal
Tratar com antipsicóticos e suporte psiquiátrico
Alucinações auditivas ou visuais, delírios, comportamento desorganizado e agitação
Depressão pós-parto
Tratar com psicoterapia e antidepressivos (de preferência, ISRS)
Escala de Depressão Pós-Parto de Edimburgo
Tristeza persistente, fadiga, distúrbios do sono, anedonia
Complicações tromboembólicas
Embolia pulmonar
Tratar com anticoagulantes sistêmicos, suporte respiratório e, em casos graves, trombólise ou embolectomia
Realizar angio-TC (padrão-ouro)
Dispneia súbita, dor torácica, taquicardia e hipotensão
Trombose Venosa Profunda (TVP)
Tratar com anticoagulantes (HBPM), meias de compressão elástica e mobilização precoce
Realizar USG Doppler
Edema unilateral do membro afetado, dor, calor, rubor local
Infecções puerperais
Mastite
Tratar com antibióticos e esvaziamento da mama (amamentação ou ordenha)
Realizar exame físico da mama e cultura do leite
Dor e endurecimento da mama, eritema e edema local, febre alta
Fissuras mamilares facilitam entrada de microrganismos
Bactérias, principalmente Staphylococcus aureus
Endometrite puerperal
Tratar com antibióticos, de amplo espectro, analgésicos e antipiréticos
Palpar útero (refere dor), solicitar USG (avaliar restos placentários
Febre acima de 38°C, dor abdominal baixa, loquiação purulenta com odor fétido
Bactérias ascendentes do trato genital inferior, como E. coli, Streptococcus sp.
Complicações hemorrágicas
Hemorragia pós-parto
Palpar o útero (verificar tônus), avaliação visual, solicitar hemograma e coagulograma
Etiologia
Coagulopatias
Realizar reposição de hemoderivados
Distúrbios de coagulação como a coagulação intravascular disseminada (CIVD)
Trauma do canal de parto
Hematomas vulvovaginais ou retroperitoneais
Lacerações cervicais, vaginais ou perineais
Retenção de produtos concepcionais
Realizar curagem ou curetagem
Resíduos placentários ou membranas amnióticas retidas no útero
Atonia uterina
Sobredistensão uterina, trabalho de parto prolongado, uso excessivo de ocitocina
Classificação
Hemorragia secundária: após as primeiras 24 horas até 6 semanas
Hemorragia primária: primeiras 24h pós-parto
Perda de 500-1000 ml de sangue após dequitação ou no puerpério imediato
Definição
Complicações e condições adversas que podem surgir no período pós-parto