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Sindicalismo

Durante o governo de Getúlio Vargas, o movimento sindical no Brasil passou por significativas transformações. A criação do Movimento Unificado dos Trabalhadores (MUT) em 1945 e a imposição do sindicato único por categoria foram medidas que buscaram controlar e subordinar os sindicatos ao Estado.

Sindicalismo

Sindicalismo

Construção de novos instrumentos com independência do governo

Reforma Sindical proposta pelo governo
Reconhecimento legal das centrais sindicais

Inicialmente contra a reforma sindical, mas pedindo reconhecimento legal como central sindical Objetivo de obter recursos federais como o imposto sindical Desconfiança nos rumos da Conlutas devido ao processo de formação sem discussão prévia com amplos segmentos do operariado

Esvaziamento das liberdades e poder dos sindicatos na base

Surgimento de novos instrumentos para representar trabalhadores com independência do governo (2004)
Assembleia popular, Intersindical e Conlutas

Encontro em Luziânia e criação da Conlutas (março 2004) Capitaneado pelo PSTU

Retomada das Lutas

Central Única dos Trabalhadores (CUT)
Fundada em 28 de agosto de 1983 Nascida da esteira das mobilizações grevistas do final da década de 1970 Forte presença na luta pelos direitos dos trabalhadores e nas negociações coletivas
Partido dos Trabalhadores (PT)
Fundado em 10 de fevereiro de 1980 Agrupamento de vários seguimentos (intelectuais, religiosos, operários) Nascia da necessidade de atuação no cenário político sem a tradição stalinista da esquerda tradicional Direção burocratizada e fechamento na década de 1990 Expulsão de correntes mais a esquerda (Convergência socialista, Causa Operária) Abandono das bandeiras históricas da classe (redução da jornada, estatização do sistema bancário, reforma agrária) Privilégios na agenda eleitoral Credenciamento como de confiança ao grande capital Chegada ao governo central em 2002 sem ameaçar o sistema vigente
Conseqüências das Lutas
Inserção do movimento operário no cenário político, econômico e social Criação do Partido dos Trabalhadores (PT) e Central Única dos Trabalhadores (CUT) Participação em movimentos políticos (Eleições Diretas Já) Greves gerais na década de 1980
. Contexto Histórico
1978: retomada das lutas sindicais começou com greve na Escânia Movimento pelos 31% de reposição dos salários Espalhamento das greves para outras montadoras Outras categorias (professores, metalúrgicos) entraram em greve Manifestações em diversas cidades em fins de 78 1979: Greves com toda força Governo decretou intervenção nos três sindicatos do ABC Manifestações pela volta dos diretores cassados

O golpe militar de março de 1964

Destaque: Luta contra o arrocho materializada nas greves de Contagem e Osasco. Greve de Osasco: Iniciada em 16 de julho de 1968. Ocupação da Cobrasma, decreto de ilegalidade da greve, intervenção no sindicato, cercamento da cidade pelas forças armadas e voltar ao trabalho após 4 dias. Greve de Contagem: Não conseguiu ultrapassar os 4 dias devido a questões internas e a atuação do governo militar.
Consequências do golpe militar: Repressão violenta e aniquilamento das lideranças sindicais. Implantada a política de arrocho salarial e início do "milagre brasileiro".
Período de 1945 a 1964: Avanços nas lutas dos trabalhadores e proximidade com o governo de João Goulart.

A ascensão de Getúlio Vargas ao poder

Substituição de lideranças pelegas e criação do Movimento Unificado dos Trabalhadores (MUT) em 1945.
Crescimento das associações amarelas e subordinação da estrutura sindical ao Estado, com a criação do imposto sindical (1940) e da CLT (1943). Ressurgimento das lutas sindicais nos anos 1940, com o objetivo de lutar contra o nazi-fascismo e desconstruir a estrutura sindical montada por Vargas.
Repressão do governo com a Lei de Segurança Nacional e ilegalidade da ANL, resultando em levante armado e derrota do movimento sindical.
Crescimento das mobilizações de massa, com a fundação da ANL (1935), frente popular anti-imperialista.
Emergência da súmula que estabelece o sindicato único por categoria. Governo busca tornar os sindicatos instrumentos de colaboração de classes, mas há resistência das lutas operárias.
Criação do Ministério do Trabalho e normas disciplinadoras, como o decreto 19.770 (1931), que estabelece o controle financeiro pelo ministério sobre os recursos dos sindicatos e restringe suas atividades.
Lutas operárias e contexto mundial de regimes totalitários levam o governo a buscar o controle dos sindicatos.
A ascensão de Getúlio Vargas ao poder (1930) e seu impacto no sindicalismo brasileiro. Substituição do setor agrário exportador cafeeiro por uma dinâmica industrial de oposição entre capital e trabalho.
Cessão gradual de Vargas, permitindo a volta dos trabalhadores ao sindicato

sindicalismo no Brasil

Influência da revolução Russa: Alguns anarquistas fundaram em 1922 o Partido Comunista Brasileiro (PCB) com o objetivo de organizar a revolução comunista no Brasil.
Anarquistas: Forte presença na luta operária no início do século XX, como na greve de 1917, mas limitados pela negação da necessidade de controle do Estado.
Intervenção do governo: Tentativa de controle do movimento sindical em 1912 com o Congresso Operário, buscando implantar lideranças governistas nas organizações sindicais (sindicalistas amarelos).
Confederação Operária Brasileira: Criada em 1906 após o primeiro congresso operário, com duas tendências distintas: anarco-sindicalista e socialista reformista.
Reivindicações: Melhorias salariais e redução da jornada de trabalho nas manifestações grevistas.
Surgimento dos sindicatos: Buscando conquistar os direitos fundamentais do trabalho.
I Congresso Socialista Brasileiro: Realizado em 1892 com o objetivo de formar um Partido Socialista.
Formação da classe operária: Aprimoramento das formas de organização da classe operária a partir das greves.
Expansão das greves: Para outras categorias operárias após a greve dos tipógrafos
A primeira greve: Dos tipógrafos do Rio de Janeiro em 1858, reivindicando melhorias salariais.
Primeiras formas de organização: Sociedades de auxílio mutuo e de socorro, logo seguidas pelas Uniões Operárias.
Transformações econômicas: Mudança do eixo da economia agrário-exportadora cafeeira para um centro urbano e industrial com o propósito de criar um mercado interno.

sobre as concepções do sindicalismo:

Concepção comunista
Concepção comunista: aponta para a superação do trade-unionismo, buscando elevar a consciência política da luta econômica a uma consciência revolucionária contra o capitalismo.
Corporativista
instituído na Itália após a perseguição antifascista, as corporações eram totalmente subordinadas e dependentes do Estado, promovendo a paz social e a acumulação capitalista através da exploração da classe operária.
Sindicalismo cristão
econhece a legitimidade da organização sindical, mas propõe uma ampla colaboração social sem romper com o viés reformista e sem superar o capitalismo e a propriedade privada.
Anarquismo
nega a luta política e vê no sindicato a verdadeira arma de guerra, pregando a organização da sociedade anarquista em núcleos de autogestão.
Sindicalismo revolucionário
surgido na França e Itália, visa superar a sociedade capitalista através da greve geral e da ação direta e violenta, mas não leva em consideração a ação dos governos para conter as massas mobilizadas.
Reformista
tem maior expressão no sindicalismo estadunidense, nega a participação revolucionária do proletariado, buscando reivindicações para melhorar a situação dos trabalhadores dentro do sistema capitalista.

Origem do sindicalismo

Associações Internacionais do Trabalho (AIT)
Chamada a unir-se frente ao inimigo comum (Manifesto Comunista de Marx e Engels)
Ideias do socialismo científico e luta política
Avanço do capitalismo e greves em vários lugares do mundo
Cartismo
Reivindicações: sufrágio universal masculino, voto secreto, eleições anuais, participação de representantes dos trabalhadores no parlamento, remuneração destes
Uma carta endereçada ao Parlamento Inglês
Movimento importante na luta dos trabalhadores na Inglaterra
Trade-unions
Patrões exigindo não filiação dos trabalhadores a essas organizações
Criação de caixas de ajuda e união das categorias em uma federação
Fixação de salários e regulamentação em função do lucro
Negociações para o conjunto dos trabalhadores
Direito a livre associação permitido pela lei do parlamento inglês de 1824
Organização importante do operariado inglês
LUDISMO
Rebelião contra as máquinas que substituíam pessoas nas tecelagens inglesas
Referência a Ned Ludd Michel
Quebra de máquinas por grupos de trabalhadores
Primeira forma de resistência
Inglaterra - primeiras experiências de organização dos trabalhadores
Industrialização mudou o cenário das cidades europeias
Substituição da mão-de-obra pela maquinaria

Avanço da exploração capitalista do trabalho

Longas jornadas de trabalho (16 horas por dia)
Industrialização na Europa (século XVIII)
Antagonismo nos interesses entre as classes
Consolidou-se as duas principais classes (burguesia e proletariado)