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by Jessica Karoliny Gomes Ribeiro 2 years ago

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a desordem mundial

No mundo contemporâneo, o poder se define cada vez mais pelo domínio da tecnologia e da informação, ao invés do domínio militar ou do comércio. A globalização econômica reforça desigualdades e exploração, promovendo a liberação de populações de seus territórios e criando um proletariado livre.

a desordem mundial

a desordem mundial

Essa des-ordem mundial, que se refere a avanços e retrocessos em diversos âmbitos, sendo eles: econômico, social, político, cultural e ambiental.

Assim, essa nova ordem mundial, com influência dos interesses do grande capital e das grandes corporações, aparece articulada com a nova divisão internacional do trabalho, alterando a nível mundial a estrutura econômica

Bloco internacionais/econômicos

Como se forma? de 2 formas:
pela imposição de interesses a partir de um Estado hegemônico que tenta "dividir" sua área de influência em função de uma estratégia político-econômica própria. Um exemplo é a recente formação do que chamei de bloco oriental de poder, capitaneado pelo Japão (mas hoje também com um poder crescente de países como Coréia do Sul e Austrália).
pela conjugação relativamente igualitária de interesses de dois ou mais Estados, lembrando o que chamei antes de regionalização por agrupamento. Pode ser este o caso da formação de alguns blocos econômicos como os acordos Brasil-Argentina que desencadearam o MERCOSUL (Mercado Comum do Sul) e a união do BENELUX europeu.
Relações de Poder
por meio de relações de poder profundamente assimétricas, como numa divisão imposta do centro, ou, o que é mais raro, por relações mais simétricas, que resultem em agrupamentos de Estados (ou corporações) que mantêm certa igualdade de decisão.

Hoje o "inimigo" é definido mais sutilmente, e muito mais pela competição econômica do que pela disputa ideológica ou por uma corrida armamentista, como ocorria entre EUA e URSS.6

- Na geografia mais tradicional, a divisão do mundo em "regiões" era feita pela simples divisão entre águas e terras, configurando então os famosos CONTINENTES - Uma outra linha de regionalização nessa escala enfatizou as grandes CIVILIZAÇÕES e/ou áreas culturais do planeta, priorizando a dimensão sóciocultural na organização do espaço, geralmente de forma igualmente estanque e isolada, onde cada grande cultura teria a sua área perfeitamente delimitada.
Outra forma de regionalizar: dos blocos sócio-políticos que dividiu o mundo entre socialismo e capitalismo; - o que associou a esses blocos políticos a base econômica moldada na divisão do trabalho entre "norte" e "sul", países "desenvolvidos" e "subdesenvolvidos", identificando assim o Primeiro, Segundo e Terceiro Mundos.

principalmente porque de alguma forma vinculou a ordem política à ordem econômica e não se caracterizou propriamente como uma divisão, mas reconheceu também um processo de regionalização por agrupamento, na medida em que muitas vezes exigiu a análise de diferentes Estados-nações para, agrupandoos, identificar as "regiões" do lº, 2º e 3º Mundos.

Antiga DIT?

um bloco internacional de poder poderia ser encarado como uma região à escala internacional.
as regiões do mundo estabelecidas a partir da divisão internacional do trabalho definida pelos centros do capitalismo)
Muitos autores simplificam a noção de ordem internacional associando apenas à sua dimensão político-militar, onde os grandes mentores dessa ordenação seriam as grandes organizações políticas - como a OTAN

Clássica DIT

Além disso, uma nova ordem mundial deve significar uma nova divisão internacional do trabalho, novos papéis às parcelas que compõem a sociedade à escala planetária
antigamente os diferentes setores da economia (primário, secundário e terciário) acabava por determinar como cada região ou país atuava, tendo uma compreensão mais claras dos papeis (detenção de capital, de tecnologia, e outros).
Contudo, a divisão entre o Norte rico e o Sul pobre surge na década de 1980;
• A diferença entre os países ricos e pobres se iniciou na Revolução Industrial (século XVIII);

Nesse sentido a NOVA ORDEM mundial não tem realmente nada de novo, aguçando as desigualdades e a exploração.

Nova DIT

Dessa forma, podemos considerar como resultado da nova DIT baseada nos (des)níveis tecnológicos, a seguinte diferenciação entre os Estados:
aqueles onde domina a produção voltada basicamente para as etapas de execução e montagem de produtos, exigindo pouca ou nenhuma qualificação técnica da força de trabalho (caso da economia na maioria dos países periféricos).
aqueles em que predominam atividades produtivas padronizadas, como a fabricação qualificada que exige um nível intermediário de qualificação profissional;
aqueles que dominam a engenharia e a tecnologia de ponta, mais avançadas, com mão-de-obra altamente qualificada (os países centrais capitalistas);
(ao enfatizar o trabalho, a economia, e ignorar as especificidades do político e do cultural) e de colocar a priori o todo, a divisão, como ponto de partida para identificar "regiões", temos de convir que não basta analisar a DIT internacional.
a industrialização de países periféricos, iniciada no pós-segunda guerra como conseqüência da expansão capitalista e do interesse de burguesias nacionais ascendentes, se expandiu com a disponibilidade de crédito para esses países nas décadas de 60 e 70, e ainda que o grave dilema do endividamento externo tenha corrido paralelo, manifestou uma mudança na DIT tradicional que distinguia países exportadores de artigos industrializados e países exportadores de matérias-primas.
alteração da economia mundial, juntamente com a globalização e seu grande fluxo de pessoas, dinheiro e informação vai alterar as classificações internacionais do trabalho, as deixando cada vez mais complexa
Haesbaert e Porto-Gonçalves (2006) passam por classificar a divisão territorial / internacional do trabalho considerando os níveis tecnológicos da produção e nos níveis de qualificação da força de trabalho:
espaços com grande dependência do capital financeiro internacional, em que a produção é de baixo nível tecnológico ou está voltado basicamente para a simples reprodução de tecnologias externas, como indústrias de montagens de produtos, exigindo força de trabalho pouco qualificada e com altos níveis e exploração.”
espaços com certa independência financeira, em que predominam atividades econômicas com níveis intermediários de tecnologia e mão-de-obra mais ou menos qualificada;
espaços que detêm o domínio do capital financeiro e dos investimentos na produção e/ou o controle das tecnologias mais avançadas e da difusão de informações. com a correspondente oferta de mão-de-obra altamente qualificada, como ocorre nos chamados países centrais capitalistas e, dentro deles, nas grandes ‘cidades globais
A organização de uma nova DIT, pautada no nível de domínio tecnológico,
Nessa nova DIT é fundamental, portanto, a qualificação técnica e, por conseqüência, a capacidade de produzir/de pensar/de criar novas tecnologias.

Mas também é ressaltado que o capitalismo não é resultado de um processo cumulativo de globalização, já que houve outras influências, algumas delas desde os primórdios da expansão capitalista

1776-89 a 1848 - período formador; 1848 a 1893 (com auge em 1873) - capitalismo empresarial ou concorrencial industrial; 1893 a 1940/45 (com auge em 1913) - capitalismo monopolista e imperialista; 1940/45 a ... (com auge entre 1966/70) - capitalismo tardio (na periodização anterior: capitalismo monopolista de Estado). Obviamente que essa última etapa é a mais complexa e difícil de ser definida, principalmente pelo fato de que as crises econômico-políticas dos anos 70 e 80 marcaram grandes transformações sócio-geográficas que somente o final do século poderá manifestar de modo seguro.8
distingue três grandes etapas do capitalismo: o capitalismo concorrencial, o capitalismo monopolista e o capitalismo monopolista de Estado (para alguns os dois últimos constituem o imperialismo).
capitalismo neoliberal é a perca de força do estado, deixando maior espaço para atuação das forças do mercado, gerando um grande ponto negativo pois em situações agravantes quem vai continuar a exercer influência são os interesses dos grandes capitais, e não, o Estado.
agentes influenciadores na globalização econômica são as empresas transnacionais e instituições como FMI e o Banco Mundial, e o Estado

nova ordem, de uma nova divisão de papéis econômicos e, de forma menos visível, de papéis políticos, pelo menos no que se refere aos centros do poder mundial.

Uma nova ordem internacional se articula a uma nova divisão internacional do trabalho, a nível da reestruturação econômica, e a uma recomposição dos blocos internacionais de poder.

a parte cultural da coisa

CAPRA (1982) reconhece a confluência atual de três grandes transições: o declínio do patriarcado (com o movimento feminista, por exemplo), o declínio da era do combustível fóssil (que estará esgotado por volta de 2300 mas que já começou a afetar a sociedade) e a mudança de valores culturais ou de paradigma (uma revisão profunda do "método científico" como única abordagem válida do conhecimento e superação da dicotomia que o moldou, entre materialismo e idealismo).
Aspectos culturais como o refortalecimento da tradição religiosa (e o concomitante ressurgir dos dogmas fundamentalistas), a retomada das identidades étnicas (com a paralela emergência do racismo) e regionais/nacionalistas (com os movimentos seccionistas que os acompanham) trazem à tona velhos dilemas aparentemente submersos pelo conflito hegemônico da Guerra Fria, que polarizou o debate ideológico em torno do embate capitalismo x socialismo.

Globalização econômica - características:

leis de taxas de lucro, taxas de exploração e de realização da mais – valia”
unificação do valor e torno do dinheiro,
- a liberação de populações de seus territórios na realização da acumulação primitiva, criando um ‘proletariado livre’

A principio

As grandes navegações, o imperialismo ... contribuíram para a regionalização do mundo.
Fase marcada pela crise do feudalismo e pela formação do capitalismo, conhecida como pré-capitalismo (capitalismo comercial).
A expansão marítimo-comercial europeia, ocorrida nos séculos XV e XVI, constitui um dos principais capítulos da transição da Idade Média para a Idade Moderna.

o mundo contemporâneo, é muito importante lembrar, o poder (num sentido amplo: político-militar, econômico e cultural) se define cada vez mais pelo domínio da tecnologia e da informação (da mídia) e menos pelo domínio militar, do comércio ou mesmo das finanças internacionais (embora estas ainda continuem decisivas)5