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by Maria Maciedja Oliveira da Silva 3 years ago

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Animais Peçonhentos

Os acidentes escorpiônicos são preocupantes devido à gravidade dos sintomas que podem causar, especialmente em crianças. Escorpiões como Tityus serrulatus são comuns em regiões como Minas Gerais e São Paulo, e suas picadas geralmente ocorrem nos membros superiores.

Animais Peçonhentos

Animais Peçonhentos

Acidentes com Abelhas e vespas

Reações Tóxicas
•Reação Tóxica Sistêmica → ✓Múltiplas picadas (> 100) ✓Prurido, rubor, urticária, taquicardia, sudorese, febre; ✓Hipotensão, cefaléia, náuseas e/ou vômitos, cólicas abdominais, broncoespasmo, choque e insuficiência respiratória aguda; ✓Rabdomiólise, hemólise e IRA; ✓Outras alterações: necrose hepática, trombocitopenia, lesão miocárdica, coagulopatias, convulsões, arritmias cardíacas; ✓Terapêutica apropriada conforme quadro clínico;
•Reação Tóxica Local → ✓Dor, eritema e edema não muito intensos que persistem por algumas horas; ✓Analgésicos, compressas frias, retirada do ferrão (quando presente);
Reaçõs Alérgicas
•Reação Alérgica Sistêmica → ✓Sintomas de anafilaxia; ✓Tratamento da anafilaxia, medidas reventivas, considerar imunoterapia (encaminhar para o especialista em alergologia)..
•Reação Local Extensa → ✓Edema maior que 10cm de diâmetro, em geral com pico em 48 h, persistindo por alguns dias; ✓Antinflamatórios, antihistamínicos, e corticóides sistêmicos eventualmente;
Composição dos Venos de Vespas
Cininas
P.Quimiotáticos
Mastoparanos
Fosfatase ácida
Hialuronidase
Fosfolipase
Composição dos Venenos de Abelhas

ACIDENTES OFÍDICOS

GÊNERO BOTHROPS
Mecanismo de ação dos venenos ofídicos

VENENO

Elapídico

EFEITO SISTÊMICO•bloqueio neuromuscular

ATIVIDADE•neurotóxico

Crotálico

EFEITO SISTÊMICO•bloqueio neuromuscular•rabdomiólise•ativação da coagulação

EFEITO LOCAL•ausente

ATIVIDADE•miotóxico•coagulanteneurotóxico

Laquético

EFEITO SISTÊMICO•liberação de mediadoresinflamatórios e subst.vasoativas•ativação da coagulação•lesão endotelial•estimulação vagal

ATIVIDADE•inflamatória•coagulante•hemorrágica•“neurotóxica”

Botrópico

EFEITO SISTÊMICO•liberação de mediadoresinflamatórios e subst.vasoativas•ativação da coagulação•lesão endotelial

EFEITO LOCAL•necrose tecidual•lesão endotelial

ATIVIDADE•inflamatória•coagulante•hemorrágica

Nome popular

Jararaca, jararacuçu, urutu-cruzeiro, caiçaca, jararaca- do-norte,ouriçana, malha de sapo, patrona, combóia, surucucurana, entre outras.

ACIDENTES OFÍDICOS GÊNERO MICRURUS – 22 espécies

Tratamento Específico

Tratamento de suporte (Máscara e BVM (AMBU), intubação traqueal ou até mesmo ventilação mecânica). Atropina – 0,5 mg IV Neostigmina (anticolinesterásico) - 0,05 mg/kg, sempre precedida da administração de atropina

O soro antielapídico (SAE) deve ser administrado na dose de 10 ampolas, pela via intravenosa. 10 ml de soro neutraliza 15 mg do veneno

COMPLICAÇÃO : INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA

•LOCAL ✓Parestesia •SISTÊMICO ✓vômitos ✓facies miastênica : ptose palpebral, flacidez dos músculos da face, oftalmoplegia ✓Turvação visual, diplopia, miose/midríase ✓Dificuldade para deglutição

Popularmente conhecida por coral, coral verdadeira ou boicorá, pode medir cerca de 1m. Apresentam anéis vermelhos, pretos e brancos em qualquer tipo de combinação.

Todos os casos de acidente por coral com manifestações clínicas devem ser considerados como potencialmente graves. Ficar atento a assistência respiratória precoce.

Medidas iniciais prévias a soroterapia

REAÇÕES DA SOROTERAPIA

FATORES QUE FAVORECEM O APARECIMENTO DAS REAÇÕES:

Dose, concentração de proteínas e imunoglobulinas, velocidade de infusão, Sensibilização à proteína de soro de cavalo (por utilização prévia de algum tipo de soro heterólogo), Tipo de antiveneno, Via de administração.

REAÇÕES TARDIAS: Doença do soro, (lesões urticariformes generalizadas) ocorrem de cinco a 24 dias após o uso da SAV

REAÇÕES PRECOCES: Urticária, tremores, tosse, náuseas, dor abdominal, prurido e rubor facial, raramente reações semelhantes as reações anafilácticas

Tratamento das reações precoces

crise asmatiforme: bronco-dilatador b2, tipo fenoterol aminofilina 3-5 mg/kg/dose iv 6/6h

Adrenalina (1:1000) – diluída a 1:10 na dose de 0,1 ml/kg, até 3,0 ml por via IV, repetir se necessário até três vezes com intervalos de 5 minutos.0,1 ml/kg, até 3,0 ml Hidrocortisona - 30 mg/kg IV com dose máxima de 1000 mg. Prometazina - 0,5 mg/kg IV com dose máxima de 25 mg. Expansão da volemia - SF ou solução de Ringer lactato 20 ml/kg peso. Observar dosagem infantil.

Suspender temporariamente a soroterapia

Medidas para prevenção/redução das reações precoces

Diluição • pré-medicação

corticosteróides

Anti-histamínicos bloqueador H1 prometazina dextroclorfeniramina difenidramina bloqueador H2 cimetidina ranitidina

Cuidados de Enfermagem

A dose utilizada independe: • do peso • idade do paciente • (objetivo do tratamento é neutralizar a maior quantidade possível de veneno circulante).

intravenosa (IV) e o soro diluído ou não deve ser infundido em 20 a 60 minutos. • No caso de soro antilatrodectus, a via de administração recomendada é a via intramuscular (IM).

◼ Manter paciente em repouso evitando deambulação e tranquilizá-lo ◼ Monitorar sinais vitais e controlar volume urinário ◼ Limpar cuidadosamente o local da ferida sem fazer curativo oclusivo

Acidente elapídico ou Micrurus (Coral-Verdadeira)

0,4% dos acidentes no Brasil. Evolui para insuficiência respiratória aguda.

Acidente laquético (Surucucu)

Complicações: infecção secundária, necrose, déficit funcional, síndrome compartimental.

➢LOCAL: dor, edema, eritema, equimose, bolhas ➢SISTÊMICO: alteração de coagulação hipotensão arterial, bradicardia cólica abdominal, diarréia

Poucos acidentes relatados Áreas florestais

ACIDENTES OFÍDICOS -CROTALUS

Complicações

Locais: raras Sistêmicas: Insuficiência renal aguda com necrose tubular, geralmente nas primeiras 48 hs(precipitação intratubular de mioglobina, oligúria e urina ácida são potencializadores para necrose tubular).

Tratamento geral

Hidratação adequada, com controle e balanço hídrico. • Manter PH urinário acima de 6,5.

Acidente brotópico (Cascavel)

Exames Complementares •Tempo de Coagulação: alterado em  40% • CPK, DHL, TGO • HMG:  Leu c/  Ne • U, C, Ac. Úrico, K, Fósforo;  Ca

Quadro Clínico

•Complicações: ▪Insuficiência Respiratória: paralisia dos mm. da caixa torácica ▪Insuficiência Renal Aguda: mioglobinúria

•SISTÊMICO: ✓Facies miastênica: ptose palpebral, flacidez dos músculos da face, oftalmoplegia ✓Turvação visual, diplopia, miose/midríase ✓Alteração do olfato, paladar ✓Mialgia generalizada, urina escura ✓Sangramento discreto: gengivorragia, equimose

•LOCAL: ✓Edema discreto, parestesia

As cascavéis encontradas em áreas abertas e secas

9% dos acidentes no Brasil

Encontradas em áreas mais limitadas, como as áreas de mata,ambientes úmidos,

90% dos acidentes no Brasil

Identificação das serpentes peçonhentas
Dentição opistóglifa Dentição proteróglifaDentição solenóglifa Cauda lisaCauda com escamaseriçadas Cauda com chocalho
CARACTERÍSTICAS EPIDEMIOLÓGICAS
➢Idade: adultos jovens➢Sexo: masculino➢Sazonalidade: de acordo com a região➢Procedência: zona ruralo

ACIDENTES COM ANIMAISPEÇONHENTOS NO BRASIL

Portaria 2.472 publicada 01/09 de 2010 –Ampliação da lista de notificação compulsória
Notificação passou a ser obrigatória de acidentes por:serpentesEscorpiõesAranhasInsetos (com as abelhas e as lagartas) e acidentes por animais aquáticos.
1986 foi implantado no Brasil o ProgramaNacional de Controle de Acidentes por AnimaisPeçonhentos.

Acidentes Araneísmo

Prevenção dos acidentes por aranhas
•Tampar buracos e frestas de paredes, janelas, portas e rodapés
•Sacudir sapatos e roupas antes de usá-los;
•Usar calçados e luvas;
•Evitar folhagens densas junto a paredes e muros das casa;
•Gênero
•Phoneutria • Loxosceles • Latrodectus

Latrodectus

GRAVE Todos acima e:Taqui/bradicardia, hipertensão arterial,taqui/dispnéia, náuseas/vômitos, priapismo, retenção urinária

analgésico, sedativos Específico: SALatr 1 a 2 amp

MODERADO Anteriores +Dor abdominal, sudorese generalizada, ansiedade/agitação, mialgia, dificuldade de deambulação, cefaléia, tontura, hipertermia

analgésico, sedativos .Específico: SALatr 1 amp

LEVE -Local: dor, edema, sudorese -Dor MMII, parestesia membros,tremores, contraturas

analgésicos, observação

Loxosceles

Corticosteróide: prednisona - 1mg/kg/d por 5 dias

Formas clínicas

Manifestações gerais • febre • mal-estar • exantema

Forma cutâneo-hemolítica - hemólise intravascular - CIVD - IRA

Forma cutânea - edema local endurado - dor local - equimose, isquemia - vesícula, bolha - necrose

▪Sazonalidade: meses quentes (Sul e Sudeste) ▪Região anatômica da picada: predomina em regiões centrais ▪Intervalo entre picada e atendimento: aparecimento dos sintomas tende a ser mais tardio ▪Circunstâncias do acidente: vestindo, dormindo

Phoneutria

GRAVE Alterações locais + sistêmicas: Vômitos profusos, sialorréia, sudorese profusa, agitação, tremores, hipertonia muscular , priapismo, choque, edema agudo de pulmaõ

Tratamento SAA 5 - 10 amp. EV

MODERADO Alterações locais + sistêmicas: Agitação, sudorese, náuseas, vômitos, hipertensão arterial, taquicardia, taquipnéia.

Tratamento SAA 2 - 4 amp. EV

LEVE Dor, eritema, edema, sudorese local

Tratamento Sintomáticos

Mecanismo de ação do veneno de Phoneutria

Ativação de canais de Na+ Despolarização de terminações nervosas: •Sensitivas •Motoras •SNA {Simpático ,Parassimpático}

Características epidemiológicas

▪Sazonalidade: incidência aumenta nos meses de abril e maio (Sul e Sudeste) ▪Região anatômica da picada: predomínio em extremidades ▪Intervalo entre picada e atendimento: início precoce dos sintomas ▪Circunstâncias do acidente: calçando, limpando jardim, manuseando frutas/legumes

Acidentes Escorpiônicos

Tratamento
•Manutenção das funções vitais: Controle da função cardíaca e uso de respiração artificial em casos de edema pulmonar agudo.
Específico: Consiste na administração i.v. de soro antiescorpiônico (SAEEs) ou antiaracnídico (SAAr) nos casos moderados e graves.
Sintomático: Consiste no alívio da dor
Exames complementares
eletro,elisa, glicose e amilase elevados, leucositose, hipopotassemia, hiponatremia.Rx de tórax
Quadro clínico
Classificação

•Graves: Sudorese profunda, salivação, vômitos incoercíveis,agitação, prostração, insuficiência cardíaca, edema pulmonar, choque, convulsões e coma.

•Moderada: dor intensa e manifestações sistêmicas

Leves: dor local e parestesias

•Dor local e parestesias •Sistêmicas: -Gerais:hipo ou hipertermia e sudorese -Digestivas: náuseas , vômitos, sialorréia. -Respi: taquidispnéia, edema pulmonar agudo -Neur: agitação, sonolência, confusão mental.
Ações do veneno
•Dor local. • Efeitos complexos nos canais de sódio, •Despolarização da terminações nervosas pós ganglionares. • Liberação de catecolaminas e acetilcilina • Efeitos simpáticos e parasimpáticos.
Escorpionismo •Importância por freqüência e gravidade em crianças.(Tityus serrulatus). •Notificações por 50% do total: MG, SP. • Principais:T. serrulatus, T.bahiensis, T.stigmurus. • Lugares da picada: membros superiores 65%. •Animais carnívoros, insetos, hábitos noturnos. • Podem sobreviver vários meses sem alimento e água.
•Tityus fasciolatus

Listrado amarelo e preto. Mede de 4 cm a 8,5 cm

•Distribuição geográfica: Goiás e DF.

Tityus metuendus

Vermelho-escuro, quase negro patas com manchas amareladas; apresentando um espessamento dos últimos dois artículos.Mede de 6 cm a 7 cm

Distribuição geográfica: Amazonas, Acre e Pará.

Tityus cambridgei

Tronco e pernas escuros, quase negros Mede cerca de 8,5 cm

Distribuição geográfica: região Amazônica.

• Tityus stigmurus

amarelo-escuro,triângulo negro no cefalotórax, uma faixa escura longitudinal mediana e manchas laterais escuras nos tergitos.Mede de 6 cm a 7 cm.

•Distribuição geográfica: Nordeste do Brasil.

• Tityus bahiensis

marrom-escuro, patas e pedipalpos com manchas escuras.Mede de 6 cm a 7 cm

•Distribuição geográfica: Goiás, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.

•Tityus serrulatus

Serrilha dorsal nos dois últimos segmentos. Mede de 6 cm a 7 cm.

•Distribuição geográfica: Bahia, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro e São Paulo.

CONCEITOS

ANIMAL VENENOSO
podem ser de origem animal, vegetal ou mineral
Possui substância tóxica na sua constituição e intoxica quemo ingerir.
ANIMAL PEÇONHENTO
são exclusivamente de origem animal
Possui veneno e um aparelho inoculador (presa ou ferrão)de veneno.