Métodos Diagnósticos em Virologia
MÉTODOS DIRETOS - detectam a presença do vírus ou de seus antígenos e ácidos nucléicos.
Cultivo Viral
INOCULAÇÃO EM ANIMAIS - É um diagnostico complementar utilizado em casos específicos por questões éticas.
OVOS EMBRIONADOS - A aplicação desta forma de diagnóstico é restrita aos vírus de multiplicação embrionária, o processo é feito com 0,1 de inóculo de acordo com tropismo viral.
CÉLULA - O material suspeito é inoculado em células cultivadas in vitro e a replicação do vírus é evidenciada pela produção de efeito citopático ou pela detecção de proteínas ou ácidos nucleicos virais nas células infectadas.
Técnicas Moleculares
REAÇÃO EM CADEIA DA POLIMERASE(PCR) - trata-se de uma técnica de amplificação/multiplicação de quantidades mínimas de ácidos nucléicos presentes em uma amostra.
HIBRIDIZAÇÃO (SOUTHERN BLOT/NORTHERN BLOT)- técnica de detecção de ácidos nucléicos por meio de sondas (sequências nucleotídicas complementares às do ácido nucléico do agente alvo da pesquisa) moleculares específicas.
MÉTODOS INDIRETOS - detectam anticorpos específicos contra o vírus, ou seja, a resposta do hospedeiro contra o agente patogênico; técnicas sorológicas.
IMUNODIFUSÃO - método baseado na insolubilização e precipitação do complexo antígeno anticorpo. O complexo é visualizado na forma de linhas hialinas em um gel de agarose.
FIXAÇÃO DO COMPLEMENTO baseia-se no fato de que os anticorpos ao se ligarem aos antígenos específicos promovem a ativação da cascata do complemento, cujos efeitos podem ser observados indicando a presença de anticorpos na amostra teste. A técnica já foi muito utilizada , porém atualmente é utilizada em situações restritas, pois é muito trabalhosa, não automatizável e os resultados são demorados
IMUNOBLOT- (western, dot/slot blot) método de detecção viral, por meio da detecção de anticorpos.
IMUNOFLUORESCÊNCIA E IMUNOPEROXIDASE: A imunofluorescência utiliza marcadores como fluoresceína e a rodamina que emitem fluorescência quando visualizados em microscopia de UV.Já a imunoperoxidase utiliza como marcador a enzima peroxidase que origina uma molécula visível ao microscópio óptico.
ELISA- um dos principais métodos para detecção de anticorpos. Baseia-se na reação antígeno-anticorpo, onde uma das duas moléculas é marcada com uma enzima, esta enzima age sobre um substrato de forma que uma substância cromogênica presente no experimento mude de cor.
HEMAGLUTINAÇÃO E INIBIÇÃO DA HEMAGLUTINAÇÃO -É utilizado para mensurar anticorpos, aptos a reagir com antígenos capazes de induzir a aglutinação de hemácias.Neste método, a presença de anticorpos capazes de inibir a reação de hemaglutinação do patógeno determina sua identificação sorológica, já a inibição é um método que detecta anticorpos capazes de inibir a capacidade hemaglutinante de alguns vírus. A presença da imunoglobulinas impede a sua atividade hemaglutinante, enquanto que a sua ausência leva a aglutinação de hemácias.
SORONEUTRALIZAÇÃO - detecta anticorpos que neutralizam a infectividade do vírus. A presença de anticorpos, previne a produção de efeitos citopáticos pelos vírus.
Informações gerais
Características desejáveis nos métodos diagnósticos
A sensibilidade é a capacidade do método em detectar quantidades pequenas do agente patogênico ou de seus produtos. A um nível populacional, a sensibilidade mede a capacidade de detecção de um número maior ou menor de indivíduos que são realmente positivos. Já a especificidade, trata da capacidade da técnica de identificar um determinado vírus e, simultaneamente, distinguí-lo de outros agentes, ainda que sejam semelhantes. A rapidez é de extrema relevância, já que o resultado determina as medidas a serem adotadas. A repetibilidade ou reprodutibilidade é quando há uma consistência dos resultados obtidos quando da repetição da execução do método. Ele determina a confiabilidade de qualquer teste diagnóstico.
Praticidade
Rapidez
Automaticidade
Baixo custo
Simplicidade
Repetibilidade
Especificidade
Sensibilidade
Importância dos métodos diagnósticos
O diagnóstico laboratorial de infecções virais possui aplicações amplas e abrangentes. A pesquisa clínica e epidemiológica de episódios de enfermidade em indivíduos ou em populações, na maioria das vezes, requer a complementação ou confirmação por técnicas laboratoriais. As variações na apresentação clínica das viroses, a ocorrência de síndromes distintas associadas com o mesmo agente patogênico ou, ainda, a fato de manifestações clínicas serem semelhantes, mas produzidas por distintos vírus, fazem dos testes laboratoriais importantes recursos auxiliares ao diagnóstico clínico. O monitoramento constante das zooonoses virais fornecem informações importantes sobre o potencial zoonótico dos vírus e também direciona a elaboração de vacinas e adoção de medidas profiláticas. A comercialização, acima de tudo, a internacional, de animais de interesse econômico geralmente requer a certificação de que esses animais não estejam infectados com vírus latentes ou infecções persistentes.
Comercialização de animais de interesse econômico
Confirmação laboratorial
Adoção de medidas profiláticas
Vigilância sanitária
Produção de vacinas
Pesquisas clínicas e epidemiológicas