A combinação de insulina com sulfonilureias e metformina para o tratamento de diabetes tipo 2 gerou resultados variados ao longo das últimas décadas. Estudos iniciais mostraram conclusões divergentes sobre a eficácia do tratamento combinado em comparação com a insulinoterapia isolada.
Tratamento combinado de INSULINA com SULFONILUREIAS E METFORMINA
Recentemente foi publicada por
Goudswaard et al. uma extensa revisão
de literatura, em estudo de metanálise
para a Biblioteca Cochrane (B),7 avaliando
1.811 pacientes em 20 estudos controlados
e randomizados que compararam
o uso isolado de insulina com o
tratamento combinado de insulina com
DAOs, que incluía sulfonilureia (75%),
metformina (4%) ou ambas (21%)...
Nos 10 estudos cujos dados permitiram
a análise (13 comparações) do
incremento de peso corporal foi observado
que os pacientes que utilizaram
insulina em monoterapia em uma dose
noturna apresentaram ganho de peso
significativamente maior do que os
grupos de pacientes que fizeram uso
de insulina combinado com DAOs em
uma dose noturna.
No que concerne ao risco de hipoglicemias,
apesar da heterogeneidade
dos critérios de sua definição, dos 14
estudos publicados 13 indicaram não
haver redução significativa de episódios
hipoglicêmicos sintomáticos ou
bioquímicos entre o uso de insulina
isolada ou combinada às DAOs.
Por permitir controle glicêmico semelhante
ao da insulinoterapia em uma
dose diária, do ponto de vista prático o
TC com uma injeção de insulina NPH
ao deitar é potencialmente útil ao médico
para tentar vencer barreiras de resistência
do paciente à introdução da
insulinoterapia.
Quando comparado à monoterapia de
insulina em uma única dose diária, o
tratamento combinado de insulina
com DAOs apresentou redução dos níveis
de A1c de 0,3%. Entretanto, quando
comparado ao uso de duas doses
diárias de insulina (NPH ou mistura), o
tratamento combinado se mostrou
menos efetivo que o uso isolado da insulina
(A1c: –0,4%).
A exceção do estudo
de Yki-Jarvinen já citado que, combinando insulina e metformina, observou
redução significativa nos níveis de
hemoglobina glicada (A1c) e na dose
de insulina administrada.
Com relação ao controle glicêmico,
em 21 comparações dos 13 estudos de
sua revisão sistemática, a metanálise
de Goudswaard et al. não observou
benefícios estatisticamente significativos
no uso combinado de insulina NPH e DAOs em relação ao uso de insulinoterapia isolada (uma ou duas
injeções diárias).
Nos comentários finais do estudo
de metanálise, os autores concluem
que, em pacientes com DM2, o uso de
terapia combinada com metformina,
sulfonilureias ou ambas apresenta resultados
semelhantes aos da insulinoterapia
em monoterapia, ocorrendo
entretanto, menor ganho de peso
quando se adiciona metformina e
maior redução do requerimento de insulina
com o uso da sulfonilureia.
Contudo, os achados não foram substancialmente confirmados em outras publicações.
Em 2001, Yki-Jarvinen, observou melhora do controle glicêmico em pacientes DM2 que já não mais conseguiam um bom controle glicêmico utilizando somente DAOs, ao adicionar uma dose noturna de insulina(insulinabedtime).
Esse esquema traria como vantagem
Menor risco de Hipoglicemia e ganho de peso
Controle Glicêmico
Maior adesão quando comparado ao uso exclusico de insulinoterapia.
Três revisões realizadas na década de 90, que compararam os efeitos da adição de insulina à sulfonilureia com insulinoterapia isolada, obtiveram resultados controversos...
Pugh et al. e
Johnson et al. o recomendavam, considerando que apresentavam melhor
eficácia terapêutica
Peter e Davidson concluíram
que o tratamento combinado com sulfonilureias
em pacientes com DM2 que
usavam insulina apresentavam resultados
pouco vantajosos