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av Antonio Neto 4 år siden

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Novas imagens do Brasil: a reconstrução do nacionalismo

O primeiro modernismo brasileiro trouxe uma série de manifestos que buscavam valorizar as raízes e tradições culturais do Brasil, propondo uma ruptura com as influências estrangeiras predominantes.

Novas imagens do Brasil: a reconstrução do nacionalismo

Novas imagens do Brasil: a reconstrução do nacionalismo

Revistas modernistas

Revista de Antropofagia
Klaxon
Verde
Estética
Festa
A Revista

Aspectos da primeira geração do modernismo

Manifesto Regionalista
As ideias expunham as inovações artísticas propostas pelo Grupo Modernista-Regionalista do Recife, que discutia a reabilitação da cultura regional nordestina por meio do reaproveitamento artístico.
Manifesto Antropófago
Extremamente radical, propunha a "devoração" das culturas e técnicas artística estrangeira para, na sequencia, reelaborá-las com autonomia e feição nacional.
Manifestos Nhengaçu Verde-amarelo
Defendia o nacionalismo ufanista, no qual a elite brasileira guia a população de forma pacífica, explicando-lhe a "alma da nacionalidade".
Manifestos da Poesia Pau-Brasil
Primeiro produto genuinamente brasileiro a ser exportado, ele propunha o desenvolvimento de uma poesia que valorizasse os estados primitivos da cultura brasileira.
Manifestos modernistas
Determinante para estabelecer e divulgar as bases da nova proposta artística, apontando as necessidades de o país se libertar das influências hegemônicas internacionais e valorizar suas tradições com um olhar crítico incessante.

Recriações da "Canção do exílio" de Gonçalves Dias

As várias versões e releituras feitas do poema nos ajudam a perceber as transformações linguísticas e temáticas que a poesia brasileira foi sofrendo ao longo do tempo.

Redefinição das imagens quinhentistas e românticas do Brasil

Influenciados pelas vanguardas europeias, mas não subservientes às tendências europeias, os modernistas brasileiros fizeram o uso das novas estéticas para impactar os espaços artísticos e acadêmicos nacionais.
Estabelecer uma ponte entre a cultura letrada e a cultura popular.
Promover uma revisitação crítica e debochada da imagem do brasil e questionar os valores coloniais persistentes.
Denunciar os preconceitos europeus para com o povos indígenas e africanos e os estereótipos que foram reproduzidos pelos brasileiros durante os séculos.

Macunaíma na literatura, no teatro e no cinema

O filme Macunaíma, busca um modelo de repensar criticamente a sociedade brasileira por meio do cinema, no controverso cenário da ditadura militar, retomando a figura do herói sem caráter ajudando a agitar novas discussões intelectuais e artísticas em torno dos aspectos problemáticos da identidade nacional.
A peça Macunaíma foi feita em comemoração aos 50 anos do romance. O cenário foi composto por papel de jornal e outros materiais reciclados, num evidente esforço de questionamento das grandes produções. A repercussão foi tamanha que o grupo que participou da montagem e adaptação mudou de nome e se intitulou Grupo de Teatro Macunaíma.
Macunaíma recebeu inúmeras adaptações e releituras, sendo as mais importantes delas a peça de teatro de José Aves Antunes Filhos e o filme de Joaquim Pedro de Andrade.
Livro de Mário de Andrade, é o grande romance da primeira fase do modernismo brasileiro. Trata-se de rapsódia da cultura nacional, que explora os preceitos da antropofagia oswaldiana.

Primeira fase do Modernismo e as inovações do romance moderno

O conteúdo do romance moderno brasileiro, apresenta um viés mais crítico e mais próximo da realidade do povo.
Com a demolição do romance tradicional, o romance moderno se transformou numa forma artística capaz de expressar uma visão de mundo crítico-irônica e desencantada.
No romance moderno encontra-se uma série de técnicas expressivas para pontuar linguisticamente as mudanças no conflito do indivíduo com o mundo que ocorreram por conta do desenvolvimento urbano e do sentimento de descrença resultante das guerras mundiais.

Autores da primeira geração modernista

Manuel Bandeira
Com sua sensibilidade, imprimiu à sua poesia uma captação única do cotiano, encontrando lirismo nos elementos mais prosaicos do dia a dia.
É um dos poetas brasileiros mais destacados. Escreveu crônicas para revistas e críticas de cinema e de música, mas foia a poesia que desenvolveu sua expressão artística.
Mário de Andrade
Obras: O clã do Jabuti (1927); Pauliceia desvairada (1922); entre outros.
Utilizava temática do cotidiano, a linguagem espontânea e a representação do folclore e da cultua popular.
Autor mais representativo do Modernismo brasileiro. Alem de poeta, romancista e crítico de música, foi um dos catalizadores da Semana de Arte Moderna.
Oswald de Andrade
Produções: Pau-Brasil (1925); Serafim Ponte Grande (1933); entre outros.
Teorizou uma literatura brasileira que fosse ao mesmo nacional e cosmopolita.
Compôs dois manifestos modernistas e foi um dos idealizadores da Semana de 1922.
Mentor intelectual das primeiras manifestações modernistas brasileiros.