por Carlos Couto 2 anos atrás
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Personagens são a magia da história. É possível construí-los, dando-lhes personalidade, qualidades e defeitos.
Os personagens podem ser principais e secundários.
Personagens secundários também são importantes, apesar de não serem o destaque. Eles surgem em determinados contextos, interagindo com os personagens principais.
O principal é o mais importante, pois toda a narração gira em torno dele. Na maioria das vezes, é o primeiro a ser apresentado. Os outros entram, de acordo com o caminhar do enredo.
O cenário é o local no qual a narrativa se desenvolve.
Um dos elementos da narrativa mais significativos é o narrador. É ele quem conduz o enredo, tornando-o interessante, e dá voz aos personagens. Existem vários tipos de narradores e cada um constrói o texto de forma diferente.
O narrador onisciente também conta a história a partir de uma perspetiva de fora dela. No entanto, ele conhece intimamente cada personagem. Fala sobre seus pensamentos e sentimentos.
O narrador observador não participa da história. É como se ele a narrasse a partir de uma observação ou do conhecimento dos fatos.
O narrador personagem participa da história, contando-a em 1ª pessoa, do singular ou do plural.
O enredo é o que constrói a história em si. É o conteúdo transmitido por meio das palavras.
Bidarra, J. (2014). Narrativas Digitais.
Os acontecimentos são desvendados ou revelados devido a algo; assemelha-se ao fenómeno das peças de dominó dispostas em fila e que desabam.
A resolução do enredo em que algumas ou todas as pontas soltas do enredo são interligadas.
O ponto de interesse mais elevado. Tudo o resto que acontece é afetado pelo momento ou o acontecimento que marca o clímax.
Também designado como crise, este evento único, repentino ou especial dá o impulso à história porque faz com que algo mude.
O nível de interesse aumenta devido a problemas, percalços ou complicações.
Também designada como a exposição, esta parte da história introduz o cenário, as personagens e a ação.
Henry Jenkins (2002) considera ainda uma quarta categoria que viabiliza uma grande quantidade de narrativas que podem ser criadas no espaço do jogo. Caracterizam-se por não serem pré-programadas ou apresentarem uma pré-estrutura, mas por ganharem forma tendo em conta a jogabilidade.
A narrativa multilinear comporta vários caminhos que podem desencadear diferentes desfechos, de acordo com as decisões tomadas pelo jogador. Este tipo de narrativa está dependente do utilizador e da sua performance.
As narrativas não-lineares permitem ao jogador navegar entre os diferentes eventos do jogo - pontos-chave da narrativa - com uma total liberdade, algo que não é permitida nas outras tipologias. Este tipo de narrativa possibilita escolhas complexas que podem modificar o rumo da história. Não seguem uma ordem cronológica, ou seja, os eventos não se sucedem cronologicamente.
A narrativa linear tem como base um determinado percurso com princípio, meio e fim, segue uma ordem - cronológica ou não - que implica as fases de exposição, conflito e resolução. É este o modelo que mais se aproxima da narrativa tradicional.