av Tiago Rodrigues för 12 timmar sedan
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(Nota complementar)
(Nota complementar)
(Nota explicativa)
A filosofia pré-socrática tem seu fim com a mudança do pensamento que tinha como foco a natureza
Explicação aprofundada
Fim da Filosofia Pré-Socrática
• A filosofia pré-socrática tem seu fim com a mudança do pensamento que tinha como foco a natureza. Com a intensificação da vida pública, as atenções dos filósofos passaram a se relacionar com a vida pública e a atividade humana.
• Esse novo período tem o filósofo Sócrates como marco da mudança e é chamado também de período antropológico da filosofia.
• Sócrates (470 a.C-399 a.C.) foi um importante filósofo grego que inaugurou o segundo período da filosofia grega, o período antropológico. Nasceu em Atenas e é considerado um dos fundadores da filosofia ocidental.
• A filosofia de Sócrates, baseada no diálogo, era chamada de filosofia socrática. Era marcada pela expressão “conhece-te a ti mesmo”, em virtude da busca da verdade através do autoconhecimento.
• Ademais, da filosofia do “diálogo” de Sócrates, destaca-se a “maiêutica”, que significa literalmente “trazer a luz”. Esta faz relação com a iluminação da verdade que, para ele, está contida no próprio ser.
Escola Atomista
Demócrito de Abdera
Nada existe além de átomos e do vazio
Para ele, o átomo (o indivisível) era o princípio de todas as coisas, desenvolvendo assim, a “Teoria Atômica”.
Demócrito de Abdera (descrição)
• Demócrito viveu entre 460 e 370 a.C. Sua personalidade extrovertida o deu o reconhecimento de “o filósofo sorridente”. Para além de seu bom humor, o pensador é conhecido por ter estabelecido, junto ao seu mestre Leucipo, a primeira ideia de átomo, o que deu impulso aos estudos antigos de Química.
• Leucipo e Demócrito são os últimos pré-socráticos. A sua filosofia, assim como a filosofia desenvolvida pelos demais pluralistas, visava a resolver a querela deixada por Parmênides (defensor do imobilismo) e Heráclito (defensor do fluxo perpétuo da natureza).
O Átomo foi uma abstração da Filosofia
Foi discípulo de Leucipo
Nascido na cidade de Abdera, Demócrito (460 a.C. - 370 a.C.)
Leucipo de Abdera
Apontou pela 1° vez, que a origem do Universo derivada de microscópicos, infinitos e indivisíveis elementos
Leucipo de Abdera (descrição)
• Leucipo é o responsável por apontar, pela primeira vez, que a origem do Universo derivada de microscópicos, infinitos e indivisíveis elementos, que se agregavam sempre, formando os seres e objetos do mundo. Demócrito, seu discípulo da Escola de Abdera, aperfeiçoou a teoria do mestre Leucipo, dando a ela um nome e maiores detalhes.
Nasceu em Mileto (cidade onde nasceu Tales, o primeiro filósofo) em 500 a.C
Também chamada de “Atomismo”, foi desenvolvida na região da Trácia
Escola Pluralista
Empédocles de Agrigento
Anaxágoras de Clazômena
"Em cada coisa existe uma porção de cada coisa"
Seu propósito
Encontrar o Arché
Arché (nota explicativa)
• Como ocorreu na Filosofia de outros pensadores pré-socráticos, o propósito da Filosofia de Anaxágoras era encontrar a origem ou o elemento original de todo o universo, sem recorrer às cosmogonias mitológicas. O filósofo não formulou uma teoria unitária acerca da origem, mas postulou uma teoria pluralista, baseada na existência de vários elementos. Segundo Anaxágoras, a origem de tudo está no que ele chamou de homeomerias, que são basicamente sementes (spérmata, no Grego antigo).
• Tentando resolver o problema intelectual deixado por Parmênides, que afirmava que a imobilidade do Universo não permitia a criação ou que a criação limitaria o Universo, Anaxágoras formulou que a origem do Cosmos está assentada em elementos infinitos em número e tempo. Esses elementos (as sementes) sempre existiram e agregam-se por meio de uma força chamada noûs — uma inteligência que governa o tudo.
• Ainda de acordo com essa teoria, todos os seres e objetos do mundo são compostos pela junção de todas as homeomerias existentes, de modo que tudo é composto por tudo. O noûs separa apenas os pares opostos que compõem o Universo, mas que não se misturam após estarem prontos, como frio e quente, úmido e seco.
Propôs que a origem do Universo estava em vários elementos, e não somente em um
Anaxágoras de Clazômena (descrição)
• Tentou formular uma nova teoria para o surgimento de todo o Universo, que não recorresse às narrativas mitológicas.
Vida
• Como os outros pensadores pré-socráticos, não temos muitos dados biográficos de Anaxágoras. Sabe-se que ele nasceu na cidade de Clazômenas, na Jônia, onde teve contato com a Filosofia pré-socrática. Quando adulto, passou a residir em Atenas, levando para lá a Filosofia que se desenvolvia na Jônia. Atenas já vivia, nesse período, o auge de sua democracia.
• Anaxágoras conheceu o estadista grego Péricles e, mesmo não podendo participar da atividade democrática por ser estrangeiro, circulou pelos meios políticos. Entretanto, o pensamento do filósofo levou-o a um julgamento e condenação sob a acusação de impiedade e traição aos deuses. A teoria filosófica pré-socrática não estava firmemente ancorada na religião grega. “Historicamente começou com Anaxágoras o processo que Atenas moveu contra a Filosofia e que concluirá, mais tarde, com a condenação à morte de Sócrates.”i
• A sua condenação pode estar firmada em sua explicação da ocorrência dos eclipses solares. Anaxágoras foi o primeiro pensador a explicar, da maneira correta, a ocorrência de um eclipse solar, e sua teoria contrariava a existência do deus Apolo, que, na mitologia grega, era quem carregava o Sol. A sua condenação forçou-o a fugir de Atenas, fixando residência na cidade jônica de Lampsacos.
• O pensador grego escreveu um livro em prosa, do qual restam apenas fragmentos, em que ele expõe a sua teoria cosmológica. Os historiadores especulam que Anaxágoras deu aulas de Filosofia para Sócrates, estabelecendo a ponte entre a Jônia e Atenas para o caminho da Filosofia ocidental.
499 a.C
O que foi esta escola ?
Defende que o universo é composto por vários elementos, e não por um único princípio
Oeste
Desenvolvidano Sul da Itália
Escola Pitagórica ou Escola Itálica Época dos Pitagóricos
Escola Eleática
Principais representantes
Melisso de Samos
"Aquilo que teve princípio e fim não é nem eterno nem infinito"
Defende o ser infinito porque ele não pode ter limites nem no tempo nem no espaço
470 a.C. - 430 a.C
Zenão de Eléia
O que se move sempre está no mesmo lugar agora
Foi grande defensor das ideias de seu mestre, filosofando, sobretudo, acerca dos conceitos de “Dialética” e “Paradoxo”
Paradoxo de Zenão
Discípulo de Parmênides, Zenão (490 a.C. - 430 a.C.) nasceu em Eléia
Parmênides de Eléia
Ser é e o não ser não é
Focou nos conceitos de “aletheia” e “doxa”, onde o primeiro significa a luz da verdade, e o segundo, é relativo à opinião
Discípulo de Xenófanes, Parmênides (530 a.C. - 460 a.C.) nasceu em Eléia
Desenvolvida no sul da Itália, sendo seus principais representantes
Principais representantes
Pitágoras de Samos
"O universo é uma harmonia de contrários"
Vai ter influência sobre Platão e Sócrates
Afirma que os números foram seus principais elementos de estudo e reflexão, do qual se destaca o “Teorema de Pitágoras”.
Pitágoras de Samos (descrição)
• Afirma que os números foram seus principais elementos de estudo e reflexão, do qual se destaca o “Teorema de Pitágoras”.
• Ele também foi responsável por chamar de "amantes do conhecimento" aqueles que buscavam explicações racionais para a realidade, dando origem ao termo filosofia ("amor ao conhecimento").
Filósofo e matemático nascido na cidade de Samos. Pitágoras (570 a.C. - 497 a.C.)
Os pitagóricos e sua noção sobre a alma imortal
Os pitagóricos e sua noção sobre a alma imortal
(Nota explicativa)
• No contexto dos pré-socráticos, a Filosofia é a atividade do Sophos, do sábio, aquele que pratica bem alguma coisa, com autoridade sobre tal conhecimento.
Posteriormente, a Filosofia, em última instância, foi considerada por Sócrates como uma reflexão sobre a morte, em grego MELETE THANATOU.
Não se trata de uma apologia à morte, mas de uma meditação profunda sobre o sentido da vida que se revela mediante a realidade da morte. O esclarecimento a partir do paradoxo.
O que, exatamente, em nós consegue sobreviver à morte? A alma? A aniquilação é total e absoluta?
• Em Platão, influenciado pelos pitagóricos, a alma (DO GREGO PSYCHÉ), é considerada imortal, isto é, resistente à morte na sua mais fria acepção. Acreditava-se na imortalidade, na transmigração, isto é, na metempsicose como reencarnação (em humanos,
animais, vegetais, minérios…).
Como sabemos, essa linha de pensamento foi herdada de modo mais longínquo na história, a partir dos povos de matrizes indo-europeias, às quais pertencem os babilônios, persas, indianos, entre outros povos que compartilham uma geografia próxima.
Essas regiões constituíram os troncos linguísticos e formas culturais mais primitivas que estiveram na base de uma conjuntura maior chamada de EURASIA.
• Fédon (Phaidon, Phaedon, Fédão) é um dos mais conhecidos diálogos de Platão, cujo tema central é a natureza da alma humana e sua sorte.
Toma-se como epicentro do diálogo a condenação e sentença de morte de Sócrates.
Há aspectos religiosos e teológicos da cultura grega em evidência no diálogo “Fédon”. Mas o grande ambiente filosófico em que Sócrates e todas as outras personagens estão inseridas no diálogo é o pitagorismo.
• Segundo a tradutora Maria Teresa Schiappa de Azevedo (1988),
“Tal como no Banquete, encontramo-nos aqui em presença de uma narrativa que é feita por um companheiro de Sócrates — o pitagórico Fédon de Élis — a um grupo de amigos, entre os quais se salienta Equécrates. Narrador e ouvintes introduzem-nos de imediato na atmosfera de Pitagorismo que rodeia toda a discussão”.
Tópicos para reflexão sobre a alma a partir da interface entre Sócrates e os Pitagóricos:
1) A doutrina do corpo como prisão da alma — ideia que. não sendo exclusivamente dos Pitagóricos, sabemos ter sido por eles professada e até provavelmente aprofundada na célebre fórmula soma/sema
(corpo/túmulo);
2) A noção consequente do conhecimento como purificação (katharsis), dada como uma das mais importantes chaves do Pitagorismo;
3) Ainda, a teoria da reminiscência que tem, pelo menos, larga relação com o culto da memória entre os Pitagóricos;
4) A teoria da alma-harmonia, evocada por Símias em contexto que terá de considerar-se crítico, face aos argumentos desenvolvidos por Sócrates;
5) Finalmente, a doutrina da metempsicose ou reencarnação.
“Para os pitagóricos, a harmonia era responsável por conciliar os princípios contrários entrando na constituição de todos os seres. A harmonia unia, dentro de seus domínios, os elementos em discórdia. Assim, se encontrava naturalmente dentro da música onde as noções de dissonância e consonância se ligam formando um grande todo musical. Da mesma forma, a harmonia contém uma aritmética por detrás de sua elaboração que os pitagóricos trabalharam em encontrar e onde sublinharam o papel essencial do número e da proporção. Nestes estudos, os pitagóricos separaram a harmonia em sensível, que é aquela que se faz sentir pelos instrumentos, e em inteligível, que é aquela que se tem pela configuração numérica. Esta é a razão pela qual os pitagóricos pesquisaram, por exemplo, sobre a largura e espessura das cordas, a tensão das mesmas e sobre os sons que elas podem emitir. Os estudos sobre consonâncias e cordas vibrantes foram cruciais não somente para a construção de instrumentos de cordas, mas também para a construção de teatros onde problemas de acústica estavam presentes”
(VIEIRA e CORNELLI, 2018).
“Assim, não é de se surpreender que a alma possa ser considerada uma harmonia ou afinação, para os pitagóricos. Esta concepção estaria exposta no Fédon de Platão em completa conformidade com a opinião de que era de origem médica. Duas passagens são citadas a este respeito. A primeira diz que os pitagóricos praticavam a purificação do corpo pela medicina, e a da alma pela música, ao passo que a segunda passagem corresponde a uma parte contida no diálogo Fédon, conforme Burnet…
… Sendo o nosso corpo, por assim dizer, retesado e contido ao mesmo tempo pelo quente e frio, pelo seco e úmido, e coisas desse tipo, nossa alma é uma espécie de temperamento e afinação destes, quando um e outro se mesclam bem e na devida proporção. Se nossa alma, então, é uma afinação, é claro que, quando o corpo houver sido afrouxado ou retesado em demasia por doenças e outros males, a alma deve necessariamente perecer em seguida (Platão, Fédon, 86 b 7-c 5 apud BURNET, 1994, p. 237)”.
(VIEIRA e CORNELLI, 2018).
Ressonâncias:
1) Dualismo antropológico, cósmico e ético.
2) Recepções religiosas posteriores: Religiões abraãmicas, Espiritismo, Matrizes. Afro-brasileiras, Esoterismo modernos
3) Recepção pela Filosofia de Sócrates e Platão- Passagem pelo período cosmológico para o Antropológico em Filosofia
4) Dualismo Cartesiano - Res. Cogitans x Res. Extensa.
5) Tendência de uma reação antropológica-teológica de caráter integral e holístico. Superação da disputa entre monistas, dicotomistas e tricotomistas.
Também chamada de "Escola Itálica", foi desenvolvida no sul da Itália
Leste
Escola Jônica
Principais representantes Escola Jônica
Heráclito de Éfeso
Nada é permanente, exceto a mudança
Explorou a ideia do devir (fluidez das coisas). Para ele, o princípio de todas as coisas estava contido no elemento fogo
Considerado o “Pai da Dialética”, Heráclito (540 a.C. - 476 a.C.) nasceu em Éfeso
Xenófanes de Cólofon
Xenófanes de Cólofon (frase)
• "Enquanto eterno, o ente também é ilimitado, pois não possui começo a partir do qual pudesse ser, nem fim, onde desapareça".
Foi um dos fundadores da Escola Eleática, se opondo contra o misticismo na filosofia e o antropomorfismo
Nascido em Cólofon, Xenófanes (570 a.C. - 475 a.C.)
Escola da Miletiana ou de Mileto
Anaxímenes de Mileto
Anaxímenes de Mileto (frase)
• "Como nossa alma, que é ar, nos mantém unidos, assim um espírito e o ar mantêm unido também o mundo inteiro; espírito e ar significam a mesma coisa".
O princípio de todas as coisas estava no elemento ar
Discípulo de Anaximandro, nascido em Mileto, para Anaxímenes (588 a.C. - 524 a.C.)
Anaximandro de Mileto
Anaximandro de Mileto (frase)
• "De onde as coisas têm seu nascimento, ali também devem ir ao fundo, segundo a necessidade; pois têm de pagar penitência e de ser julgadas por suas injustiças, conforme a ordem do tempo".
O princípio de tudo estava no elemento denominado “ápeiron”, uma espécie de matéria infinita.
Discípulo de Tales, nascido em Mileto, para Anaximandro (610 a.C. - 547 a.C.)
Tales de Mileto
Frase
"Tudo é água"
Acreditava que a água era o principal elemento, ou seja, era a essência de todas as coisas.
Nascido na cidade de Mileto, região da Jônia, Tales de Mileto (624 a.C. - 548 a.C.)
Eles se inspiraram no Egito e Babilônia
Não foi um simples "copia e cola"
Debate sobre o cosmos
Período cosmológico (questões do mundo)
Não são contra a religião.
São precursores até da ciência
Auge do movimento
Séc. IV a.C.
Local
Região da costa Ocidental da Turquia, em Istambul
Desenvolvida na colônia grega Jônia, na Ásia Menor (atual Turquia)
Época
Séc. VI - IV a.C.
Conceitos
Logos
É o discurso que vai dar conta de explicar tudo isso.
Logos
(Nota complementar)
• O termo logos é um conceito filosófico que deriva do grego e significa "palavra", "discurso", "razão" ou "verbo". Na filosofia, logos pode se referir a uma ordem universal, a uma razão cósmica, ou à capacidade humana de raciocinar.
Na filosofia grega
• Na filosofia grega, logos inicialmente se referia à palavra falada ou ao discurso. Heráclito foi um dos primeiros filósofos a usar o termo de forma significativa.
Arché
A palavra vem do grego arkhé,és, que significa origem, princípio, começo
Para Platão
A arché era o princípio que não nasce de nada e de onde nasce tudo o que nasce.
Para Heráclito
A arché era o fogo, um princípio que está em todas as coisas desde a sua origem.
Pora Tales de Mileto
A arché era a água, ou seja, todas as coisas seriam compostas por água.
Arché (nota complementar)
• Termo filosófico que significa o elemento fundamental que compõe e dá origem ao Universo.
• Arché é um conceito fundamental da filosofia pré-socrática, que buscava a substância inicial de onde tudo deriva. Os pré-socráticos foram um grupo de filósofos gregos que antecederam Sócrates.
Physis
Significa natureza física. Segundo Tales de Mileto seria a Água
Kosmos
É a organização e armoniza o mundo tem mais haver com organização
Buscam na materia explicações para tudo que existe. Sem relação, moral ou religiosa
Qual a meta que eles tinham ?
Explicar a natureza pela própria natureza
O rompimento com os mitos parcialmente
O rompimento com os mitos parcialmente
(Nota complementar)
• Eles não rompem totalmente com os mitos.
• São homens religiosos, entendem que os mitos ajudam a esplicar a religião. Os mitos não estavam satisfazendo as explicações dos problemas do mundo.
• Os filósofos buscam respostas para os problemas do mundo de forma racional.
• Esses pensadores buscavam nos elementos natureza as respostas sobre a origem do ser e do mundo. Focando principalmente nos aspectos da natureza, eram chamados de “filósofos da physis” ou "filósofos da natureza".
• Foram eles os responsáveis pela transição da consciência mítica para a consciência filosófica. Assim, buscaram dar uma explicação racional para a origem de todas as coisas.
• A mitologia grega explicava o universo através da cosmogonia (cosmo, "universo", e gónos, "gênese" ou "nascimento"). A cosmogonia dá sentido a tudo o que existe através da ideia de nascimento a partir de uma relação (sexual) entre os deuses.
• Os filósofos pré-socráticos abandonaram essa ideia e construíram a cosmologia, explicação do universo baseado no lógos ("argumentação", "lógica", "razão"). Os deuses deram lugar à natureza na compreensão sobre a origem das coisas.
• A filosofia nascida com esses primeiros filósofos deu origem a toda uma produção de conhecimento e de representação da realidade. Toda essa construção serviu como base para o desenvolvimento da cultura ocidental.
Qual a diferença entre Heráclito e Parmênides ?
(Nota complementar)
• Parmênides (Escola Eleática): o que é, é. O que não é, não é.
Para Parmênides o ser é imutável. O que não é, não é, e nunca poderá ser. A escuridão é a ausência da luz; a escuridão não pode ser a luz. Não há mudança ou movimento.
• Heráclito (Escola Jonica): Tudo flui. Tudo está em movimento e nada dura para sempre.
Para Heráclito tudo está em constante modificação e as coisas podem transformar-se em seus opostos. Uma vela queimando está em movimento, pois a cera está se tornando em fogo, assim como a escuridão pode tornar-se luz. Tudo está a fluir.
Explicação mais detalhada
• Heráclito era oriundo da cidade de Éfeso. Foi um filósofo materialista e representante da dialética grega. Considerava o fogo como a base primordial de toda substância concreta. Atualmente 130 fragmentos do nosso filósofo chegaram até nós e são amplamente estudados. Heráclito exerceu grande influência na epistemologia filosófica e em nomes como; Platão, Hegel e Marx.
"Tudo se converte em fogo e o fogo em tudo, da mesma forma que o ouro se troca por mercadorias e as mercadorias por ouro".
Heráclito trouxe à baila "A mudança" como base transformacional de todas as coisas, ou seja, para Heráclito tudo estava em constante fluxo, uma mutabilidade universal.
"Não se pode entrar duas vezes no mesmo rio nem se pode surpreender duas vezes a natureza inanimada num mesmo estado, uma vez que novas e novas águas fluem constantemente para o rio, isto é, que a natureza se acha em constante mutação."
• Parmênides era um filósofo eleático, melhor dizendo, da cidade de Eléia. Um fato curioso sobre as teorias defendidas por esses dois importantes filósofos está nos estudos feitos pelo corpo filosófico contemporâneo que, sustenta o contraste entre elas e o nascimento do impasse entre materialismo e idealismo.
• Os filósofos eleáticos, Parmênides incluso, adversários dos miletanos e de Heráclito consideravam como princípio do mundo, não a matéria concreta perceptível, mas um ser único, indivisível, imutável e imóvel.
• Parmênides definia da seguinte maneira;
"Não tem nascimento nem destruição, é um todo de uma espécie única, imóvel e sem limites".
• Para Heráclito a mutabilidade explicava o mundo. Para Parmênides não. A imutabilidade era a explicação.
Contra a doutrina eleática do ser único, imóvel e universal - filósofos como; Anaxágoras, Empédocles e Demócrito deram suas contribuições.
• Um famoso filósofo clássico (verdadeiro pop-star da filosofia) transformou ambas as teorias em uma alegoria que ficou conhecida como Alegoria da Caverna. O filósofo? Platão.
Para melhor entender a filosofia grega, vale lembrar como ela está dividida.em 3 fases:
Período Helenístico
Fase ética e cética
Período Clássico ou Socrático
Fase antropológica-metafísica
Período Pré-Socrático
Fase naturalista
Principais filósofos e sua localização na Grécia antiga
Imagem
Recebem esse nome, pois são os filósofos que antecederam Sócrates
Eles desenvolveram suas teorias do século VII ao V a.C..
Critica aos mitos
Tensões
Nota explicativa
Critica aos Mitos (tensões)
• Há quem diga que um dos principais fatores históricos que impulsionaram o desenvolvimento e a divulgação da Filosofia grega foi a crítica aos mitos e a busca por explicações sobre a natureza a partir da própria natureza e não a partir dos deuses.
• Além da crítica aos mitos, observam-se ainda a criação da ideia de Pólis grega, com suas deliberações e assembleias na Ágora, bem como o empreendimento expansionista de Alexandre Magno (356-323 a.C.) - ver imagem ao lado esquerdo.
• Especialmente a Ágora grega constituiu um fator preponderante para o desenvolvimento das noções democráticas, embora estas ainda fossem precárias, pois apenas os homens gregos, livres e senhores poderiam participar das assembleias deliberativas em Atenas. O embate de ideias, a contraposição, a retórica, o diálogo e outros recursos abriram o caminho para os debates filosóficos. A Ágora possuía múltiplas funções: política, comercial, esportiva e religiosa.
Importante
Importante: os primeiros filósofos não eram ateus. Depois separou a religião da filosofia
Critica aos mitos (explicação)
• Apesar do valor dos mitos, alguns pensadores da antiga Jônia (costa ocidental da Turquia) estabeleceram as primeiras críticas aos mitos gregos como insuficientes para explicar racionalmente a essência da natureza.
• Embora não fossem sem religião, os filósofos pré-socráticos propuseram uma abordagem alternativa às explicações mítico-religiosas de suas tradições.
Mitos, uma forma de filosofia antes da filosofia
Podemos notar em alguns filósofos como:
Sófocles
Faz uma crítica aos excessosnda sociedade, da política
Hesíodo
Homero
Subtópico
Sem dúvida cumprem sua função de servirem como uma filosofia
Mitos, uma forma de filosofia antes da filosofia (Descrição)
• Os mitos sem dúvida cumprem sua função de servirem como uma filosofia, um questionamento sobre a realidade humana, social e política, a partir das ricas imagens fornecidas nos textos.
Alguns exemplos de mitos
Mito de Narciso
Sobre a beleza e a vaidade
Mito de Eros e Psiquê
Sobre o amor e sua união com a alma
Mito de Orfeu e Eurídice
Sobre o destino e a morte
Mito de Pandora
Sobre a primeira mulher, a curiosidade humana e o surgimento dos problemas no mundo
Exemplo
Semelhante à passagem bíblica sobre Adã
Mito de Cronos
Sobre o tempo e o nascimento dos deuses
A Classificação dos mitos
3 tipos de classificações
Mitos Escatológicos
Narra o destino daquele que já passou ou vai passar pela morte
Mitos escatológicos (nota complementar)
• Tem uma proposta de ilustrar expectativas sobre o destino último dos humanos, dos deuses e do cosmo.
Mitos Épicos
Narrar feitos heroicos
Eles apresentam grandes feitos deuses e heróis de antigos deuses e heróis
Mitos de Teogonia e Cosmogonia
Cosmogonia
Narrativas sobre o nascimento do universo e dos elementos da natureza
Teogonia
Narrativas sobre o nascimento dos deuses e seu poder
Descrição
Que retratam a criação dos deuses e do mundo, respectivamente
Algumas características gerais dos mitos
São narrativa, ato de narrar, um acontecimento. Que traga uma verdade moral
Algumas características gerais dos mitos (explicação)
• Algumas características gerais dos mitos compreendem a narração, a simbolização dos deuses e heróis com formas humanas e a revelação de verdades profundas, que seriam indizíveis de outro modo.
• Apesar de nascer num contexto religioso, não fala de religião.
• A filosofia não acaba com o mito, mas o explica
A função dos mitos
Objetivos de ensinar por um processo ilustrativo
A função dos mitos (explicação)
• Intenção profunda de montrar a natureza humana, sendo suas forças e fraquezas
O que Mito e Filosofia têm em comum?
Irracional
Lógico
Fantasia, incoerência
Razão, coerência
Inquestionável
Questionável
Sobrenatural
Natural
Mito
Fantástico, imaginário
Filosofia
Verdadeiro, real
O que Sócrates pensava sobre os mitos
Todo aquele que ama o mito de certa forma é um filósofo
O que os mitos nos ensinam ?
Falam sobre a natureza humana
Raiva, amor, ira etc
Nos dizem verdades de forma indireta. São inúmeras verdades
Os motos ensinam sobre nós mesmo e mais no presente
Origem do mito
Os mitos podem conter elementos históricos, religiosos, culturais e filosóficos
Origem do Mito
• Esse foi o recurso utilizado durante anos para explicar tudo o que existe no Universo. Desta forma, foram criados mitos para explicar a origem dos homens, dos sentimentos, dos fenômenos naturais, entre outros.
• O mito era considerado uma história sagrada, narrada pelo rapsodo - que supostamente era a pessoa escolhida pelos deuses para transmitir oralmente as narrativas.
• O fato de o narrador advir de uma escolha divina, atribuía ao mito o caráter de incontestabilidade, pois os deuses eram inquestionáveis.
• Importa referir que, além de explicar as origens, a mitologia - o conjunto dessas histórias fantásticas - desempenhavam um papel moral.
• Esse tipo de narrativa era pertinente para responder aos questionamentos até que, a partir do século VII a.C. as explicações oriundas dessas histórias iam deixando de satisfazer os primeiros filósofos gregos - os pré-socráticos.
• Assim, o mundo começava a ser investigado através da razão, priorizando o natural em detrimento do sobrenatural. Começando a fazer uso da razão, os filósofos não acreditavam nos mitos e exigiam comprovações.
País de surgimento
Grécia
O que é um mito ?
É uma narrativa tradicional cujo objetivo é explicar a origem e existência das coisas
O que é um Mito ?
• Os mitos são narrativas que explicam a origem do mundo, dos deuses, dos seres humanos e dos fenômenos naturais.
Mythos significa "narrar", "contar" ou "anunciar
Subjetividade
Subjetividade (explicação)
• Todo ser humano dispõe de liberdade e niveis múltiplos inteligência, condicionados por fatores naturais, psicossociais e morais ao longo de seu desenvolvimento pessoal, através de relação com os outros, com a natureza e consigo mesmo.
Causalidade
As realidades no mundo exigem alguma causa.
Finalidade
Procuramos em filosofia pelo objetivo final de toda realidade ou ação.
Não contradição
Uma proposição não pode ser verdadeira e falsa ao mesmo tempo
Racismo sobre o conhecimento (branco tem conhecimento e o negro, indígenas e outros não tem)
Europeu acima das colônias
Consequências
Ele tem contribuído para a reprodução de práticas formativas colonizadoras
Racismo epistêmico (Consequências)
• O racismo epistêmico tem tido um papel determinante na produção filosófica ocidental.
Como funciona ?
Ele é um dos elementos determinantes no ensino de filosofia
Racismo epistêmico (Como funciona ?)
• O racismo epistêmico se utiliza das ciências para silenciar e negar a produção intelectual de povos não brancos.
• Ele é parte do racismo estrutural brasileiro, que desconsidera os saberes e as experiências de populações afro-diaspóricas e autóctones das Américas.
• Ele é um dos elementos determinantes no ensino de filosofia.
Características
É baseado na ideia de que a tradição de pensamento ocidental é o único regime de verdade.
Racismo no nivel do conhecimento
É uma forma de racismo estrutural que desvaloriza conhecimentos e experiências de povos não brancos
Entre os filósofos do mundo antigo destacam-se
Povos Semitas
Egípcios
Testemunhou
Formação de filosofias antigas
Formação de grandes ideias
Foi testemunha do crescimento filosófico
Israel
Israel teve contato com outras culturas e foram influenciados por elas
Gregos
Os gregos não invertaram filosofia do zero
Pitágoras e o Egito
Pitágoras bebeu do conhecimento que aprendeu no Egito
Quando acontece ?
Qd pensamos que tudo se restringiu ao ocidente
Qd damos mais importância a uma fase de importancia cultural que a outras
Importância
É importante para a resistência à visão eurocêntrica da filosofia
Importância da Plurivesalidade
• A pluriversalidade é importante para a resistência à visão eurocêntrica da filosofia, que considera que apenas a filosofia grega é válida.
• É também importante para a visibilidade de filosofias não eurocêntricas.
Origem do conceito
O conceito foi cunhado pelo filósofo sul-africano Mogobe Ramose
Principais Características
É uma forma de compreender a si mesmo, os outros e os mundos
Principais características da Plurivesalidade
• A pluriversalidade é uma resistência à ideia de que apenas uma filosofia é válida.
• É um princípio que orienta a interação, o aprendizado e o ensino.
• É uma forma de reconhecer a pluralidade do mundo, e de que outras filosofias existem e são válidas.
O que é ?
Conceito filosófico que reconhece a existência de múltiplas filosofias, além das ocidentais
Nações que deixaram um grande legado
Tanto no Egito e a Babilônia deixaram um legado para que os gregos aproveitassem
Quem começou segundo os livros ?
Começou com Tales de Mileto
Contribuição Egípcia
Os egípcios contribuíram muito e muito antes dos gregos
Quem inventou a Filosofia ?
Não tem como saber
É o mesmo que querer saber quem inventou a culinária.
É um fenômeno humano e universal
A Filosofia já existia antes do "milagre grego"
Surgimento da Filosofia
Descrição
Nota explicativa
Surgimento da Filosofia
• O surgimento da Filosofia se deu na Grécia, mais precisamente com a formação da pólis - cidade-Estado grega. Lá, os cidadãos discutiam política em público, tentando chegar à melhor forma de organização da sociedade.
• Isso motivava o uso do raciocínio, da reflexão e a chamada "atitude filosófica". Com o tempo, as pessoas não discutiam apenas política, mas se indagavam acerca de vários aspectos, o que levou ao crescimento da investigação.
• Desta forma, a transição entre o pensamento mítico e o pensamento racional aconteceu de forma progressiva.
• Os filósofos pré-socráticos buscaram nos elementos da natureza a resposta sobre as origens.
Certidão de nascimento da Filosofia
Coruja: ideia do conhecimento
Se popularizou no Século 6 antes de Cristo, mas já existia antes deles (gregos)
Não existe uma data, não tem como mapear isso
Não há monopólio do saber
Estudaremos por causa da sua importancia na Grécia
Eles não tinham a pretensão de serem universais (não era projeto deles)
A Filosofia já era praticada antes dos gregos, mas o termos vem do grego (nome)
Os primeiros teólogos eram filósofos
Exemplos
São Tomas de Aquino
Santo Agostinho
O ato de filosofar é um ato de investigar, igual o teologo
Conversam sobre o sentido da existência (Teologia x Filosofia)
Que se refere à epistemologia, à teoria do conhecimento.
Nota complementar
Perspectiva Epistêmica (explicação no dicionário)
• Que se refere à epistemologia, à teoria do conhecimento, reflexão sobre a natureza, o conhecimento e suas relações entre o sujeito e o objeto; epistemológico
Formação humana, crítica, etica e multidisciplinar
Capacidade de dialogar
Reflexão crítica mediante a nossa fé
Senso crítico a luz da fé cristã
3° Momento
Resposta ou reflexão
Damos reapostas filosóficas quando tentamos responder de forma racional
2° Momento
Questionamento
Fazemos perguntas de caráter Filosófico
1° Momento
Estranhamento
Em nós a primeira causa é o estranhamento, um incômodo com alguma situação
Significa amor do saber
Philos (amor) Sophiía (sabedoria)
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