作者:Cristiana Guerreiro 5 年以前
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Após análise e interpretação do capítulo escolhido por nós, podemos retirar como informação a reter que, o futuro será sempre algo incerto e que, na generalidade, é melhor não nos preocuparmos com o que vai acontecer.
No entanto, existem diversas maneiras de nos prepararmos para as eventualidades que surgirão e é nesse ponto que devemos focar a educação do futuro. Ou seja, apesar de continuar a ser importante as gerações mais novas preocuparem-se e lutarem pelo seu futuro, é percetível que existem acontecimentos que devem permanecer desconhecidos até ao momento em que devem acontecer.
O meio à nossa volta tem um poder fundamental nos objetivos que cada pessoa tem.
Nem sempre para atingir um determinado objetivo se utilizam as melhores ferramentas/ meios, podendo estes ser considerados benéficos ou prejudiciais. No entanto, é possível optar por diversos caminhos para atingir determinado fim.
O circuitos de risco e precaução não devem atuar um sem o outro, isto porque, se tivermos demasiada precaução nunca iremos correr o risco em determinada ação e, por outro lado, se arriscarmos demais, não temos consciência das possíveis consequências dos nossos atos.
É nas certezas doutrinárias, dogmáticas e intolerantes que se obtém as piores ilusões. Por outro lado, a consciência do carácter incerto do ato cognitivo forma a ocasião de chegar ao conhecimento apropriado.
O conhecimento é muito vasto em incertezas e menos vasto em certezas.
A noção da ecologia da ação está presente na fase da escolha e tem em consideração a complexidade, o aleatório, a iniciativa, a indecisão, o inesperado e o imprevisto.
Por vezes um indivíduo experimenta determinada ação e posteriormente esta já não corresponde à sua intenção, contrariando o propósito inicial.
Normalmente, a ação vai e vem constantemente na nossa mente, o que nos obriga a retificá-la, se for possível, ou até mesmo a abandoná-la.
A realidade não é algo assim tão fácil de se ver...
Por vezes as ideias e as teorias não traduzem a realidade de forma correta.
Por isso não é importante ser realista de forma a haver uma adaptação imediata, nem ser irrealista de forma a diminuir as limitações da realidade. É importante ter a perceção de que é algo complexo e que existe uma indefinição implícita na realidade.
É fulcral saber interpretar a realidade antes de a percecionarmos quando nos deparamos com a incerteza.
Ao reflectirmos acerca de alguns acontecimentos que se deram ao longo da nossa história podemos perceber, uma vez mais, que o futuro é imprevisível e que, por vezes, o melhor é não se ter conhecimento do que vai ocorrer.
Caso tivéssemos conhecimento daquilo que iria surgir no "amanhã", não se poderia considerar como sendo uma novidade.
Isto surge com o decorrer da história da vida e com todas as contribuições que são feitas a todos os níveis (por exemplo, os telemóveis touch são uma novidade para os idosos, o que pode levar a algumas dificuldades de adaptação).
Existe uma permanente adaptação da humanidade ao mundo.
As alterações a que continuamos a assistir surgem de acções que a espécie humana continua a implementar diariamente. E o que parece uma fatalidade (por exemplo: caos, tempestades, furacões), é a regulação da vida numa realidade aparente, sendo consequência de todas as atitudes que se vão tendo.
E todo esse caos com que nos deparamos diariamente, torna-se, assim, o renascer de uma nova estabilidade, produto de tudo de todos os acontecimentos passados.
Existe uma variedade de entraves (por exemplo, verbas para abertura de quadros, mercado de trabalho sobrecarregado ou experiência profissional) que leva a que o nível de exigência aumente, bem como os requisitos necessários para exercer determinados cargos profissionais. Assim, aumenta a importância e a necessidade em apresentar um currículo mais preenchido, bem como as dificuldades na entrada do mercado de trabalho.
Cada vez mais é pedido aos candidatos a determinado posto de trabalho que já apresentem alguma experiência na área, o que muitas vezes não é possível, pois nenhum local se disponibiliza para aceitar um candidato que queira ganhar experiência.
Face ás exigências que são impostas pela sociedade, existe uma incerteza de qual a melhor área profissional a seguir, de modo a que, com a conclusão académica exista entrada imediata no mercado de trabalho, uma vez que a preocupação reside apenas a curto prazo.
Muitos jovens nem sempre seguem o curso que desejavam, pois existem entraves que são impostos pela sociedade, como por exemplo, o facto do Mestrado em Psicologia Criminal não ser creditado pela Ordem dos Psicólogos, o que leva os jovens a optarem por Psicologia Clínica.
Neste sentido, surge uma maior dificuldade dos indivíduos em se sentirem com certezas em relação às decisões que estão a tomar para o seu futuro.
Qualquer decisão é tomada com base em determinada intenção, acarretando consigo diversas consequências. No entanto, o ser humano preocupa-se, principalmente, com o resultado imediato dessa decisão, nunca ponderando os seus possíveis efeitos a longo prazo.
Qualquer que seja o progresso, guerra, vida, conhecimento pode ser feito traçando um objectivo.
Assim se faz o caminho do conhecimento/progresso em contínuo, sem axiomas estratégicos conscientes do compromisso necessário em prol da derrota da imprevisibilidade a longo prazo.
Para chegar a determinado objectivo convém existir um planeamento audaz mas ponderado, e suficientemente flexível, no sentido de moldar a sua atitude aos possíveis imprevistos que poderão daí surgir, uma vez que são inúmeras as variáveis exógenas que podem interferir nesse processo.
Neste sentido é necessário aceitar permanentemente "injecções" de possibilidades, informações ou contextos.
Começou a surgir uma nova consciência em que o homem começou a ser confrontado pelas incertezas, tornando-se necessário aprender a enfrentá-las e a viver com elas, pois vivemos num mundo em constante mudança de dinâmicas e paradigmas. No entanto a educação do futuro deverá situar-se nas incertezas do conhecimento uma vez que existe:
Todas estas problemáticas demonstram que o mundo alem de estar em crise apresenta-se cada vez mais violento. Esta é uma das diversas maneiras de encaminhar a humanidade ao desconhecido.
Com a chegada ao séc. XX, tornou-se cada vez mais difícil prever o futuro, pois tudo o que ficou para trás e tudo o que ainda está por vir, tratam-se de acontecimentos desconhecidos.
Não é fácil deixar de tentar saber um pouco mais sobre o que o destino nos reserva pois este permanece aberto e impossível de alcançar.
O que se pretende é que o ser humano consiga lidar com certos imprevistos, da melhor maneira possível, de forma a ultrapassá-los.
As civilizações tradicionais achavam que tínhamos um ciclo de tempo cujo funcionamento devia ser assegurado por sacrifícios, enquanto a civilização moderna acreditava no progresso histórico, no entanto, toma-se consciência de que existe uma incerteza histórica.