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O PERCURSO HISTÓRICO DA METODOLOGIA DO ENSINO DE MATEMÁTICA NO CURSO DE PEDAGOGIA

A formação de professores de matemática no curso de Pedagogia evoluiu significativamente ao longo da história. Inicialmente, a Universidade de São Paulo (USP), criada em 1934, desempenhou um papel fundamental nesse processo.

O PERCURSO HISTÓRICO DA METODOLOGIA DO ENSINO DE
MATEMÁTICA NO CURSO DE PEDAGOGIA

O PERCURSO HISTÓRICO DA METODOLOGIA DO ENSINO DE MATEMÁTICA NO CURSO DE PEDAGOGIA

A criação do curso de Pedagogia: formar especialistas e docentes

Criado no Brasil durante o regime do Estado Novo (1937-1945),
A disciplina Didática Especial, oferecida no Curso de Didática, apresenta indícios de um trabalho desenvolvido acerca das metodologias de ensino na formação do professor.

A Didática Especial era indicada com a finalidade de estudar o currículo do curso primário, articulando-se às suas didáticas específicas, apoiadas nos princípios metodológicos da Escola Nova.

A formação docente acontecia por por meio de uma complementação pedagógica.
O principal objetivo da FNFi era o aperfeiçoamento da ciência.
Com um currículo seriado e composto de onze disciplinas: Complementos de Matemática, História da Filosofia, Sociologia, Fundamentos Biológicos da Educação, Estatística Educacional, História da Educação, Fundamentos Sociológicos da Educação, Administração Escolar, Filosofia da Educação, Educação Comparada e Psicologia Educacional,
O curso de Pedagogia teve origem na organização da Faculdade Nacional de Filosofia (FNFI), com a aprovação do Decreto-Lei n.º 1.190/39, sendo concebido como curso de bacharelado, com duração de três anos letivos, semelhante aos demais cursos da FNFi, e imposto como “padrão federal” a ser adotado por todas as instituições de ensino superior do país.
Estruturou-se “na esteira dos atos centralizadores baixados em plena vigência da ditadura de Vargas”.

As origens de uma disciplina

A docência como base da formação do pedagogo

O curso de Pedagogia da PUC/SP, seu currículo sofreu uma reformulação curricular em 2007 em decorrência das Diretrizes Curriculares Nacionais (ResoluçãoCNE 01/2006).
Apareciam quatro disciplinas identificadas como Metodologia do Ensino de 1º Grau (I, II, III e IV), sendo que as duas primeiras dedicavam-se ao ensino de Alfabetização e Língua Portuguesa, e as duas últimas dedicavam-se ao ensino de Matemática, Ciências e Integração Social, todas oferecidas no 2º e 3º anos.
A reforma curricular de 1987 compreendia a habilitação Magistério como fase obrigatória do currículo, apresentando-se em uma perspectiva ampla de formação do educador.
A reforma implementada em 1979 ampliou a oferta de disciplinas específicas, tais como Metodologia da Alfabetização, Métodos e Técnicas da Educação Pré-escolar, Metodologia de Alfabetização de Adultos, Metodologia da Área de Comunicação e Expressão, Metodologia do Ensino de Ciências, Metodologia do Ensino de Matemática e Metodologia da área de Estudos Sociais.
Vários cursos de Pedagogia foram incorporando novas habilitações aos seus currículos, voltando-se, essencialmente, ao campo da docência,), privilegiando habilitações voltadas às séries iniciais do ensino fundamental, educação infantil, educação de jovens e adultos e educação especial .
Nos anos 1980, vários cursos de Pedagogia realizaram reformas em seus currículos, com o apoio da Associação Nacional pela Formação dos Profissionais da Educação.
Tal situação gerou uma insatisfação por parte de alunos e docentes, buscando a realização de reformas no interior de seus currículos, e procurando deixá-los mais voltados à docência para os anos iniciais da escolarização.
A divisão do curso em diferentes habilitações amparava-se em uma tendência reducionista e tecnicista de escola.
Acarretou inúmeras críticas nos anos 1970.

As reformulações curriculares do Curso de Pedagogia

O Parecer CFE 251/62 sugeria que os primeiros ensaios de formação do professor primário deveriam ocorrer em nível superior, preferencialmente, no curso de Pedagogia.
A reforma do curso de Pedagogia da USP que ocorreu em 1970 marcou o currículo por uma formação profissionalizante, uma “percepção fragmentada e compartimentalizada do trabalho educativo que correspondia à visão dominante da teoria e prática educacional do momento”.
A nova configuração propôs um núcleo de disciplinas comuns e outro diversificado, com a criação de diferentes habilitações: Ensino das Disciplinas e Atividades Práticas dos Cursos Normais, Orientação Educacional, Administração Escolar, Supervisão Escolar e Inspeção Escolar.
Com a aprovação da Reforma Universitária de 1968, a segunda reformulação (Parecer CFE 252/69) trouxe ao curso de Pedagogia uma nova configuração, imprimindo o caráter tecnocrático da Reforma Universitária.
Função integrar o pedagogo às questões que envolviam a escola primária, fornecendo subsídios metodológicos para as áreas de conhecimento da escola primária.
As metodologias de ensino apresentavam-se em Teoria e Prática da Escola Primária.