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O treino precoce e intensivo dos sentidos e proporcionar experiências sensório – motoras integradas e significativas vão permitir à criança com deficiência visual utilizar o tacto, a audição e os resíduos visuais sistematicamente de forma eficiente em todas as actividades, garantindo a organização do seu conhecimento e do espaço que o rodeia, e mais
autonomia e liberdade.
A construção da noção de espaço na criança, está relacionada com a condição de deslocar-se e orientar-se com o seu próprio corpo. Na criança com deficiência visual isto inicia-se com o tocar, pela procura do som e pela posição e relação do corpo e objectos no espaço.
Desde muito cedo é necessário uma ajuda intencional que facilitae os movimentos do bebé cego ou com baixa visão. É preciso criar intencionalmente e de forma metódica situações para o desenvolvimento da coordenação olho - mão / ouvido - mão e adquirir precocemente o conceito de permanência do objecto (utilização de objectos sonoros, com cores fortes e brilhantes dentro do seu campo táctil de acção).
Intervenção Emocional (aumentar sua auto-confiança, auto-estima, motivação) da criança com deficiência visual.
Intervenção Cognitiva (adquirir e concretizar conceitos espaciais, a natureza e função dos objectos, solução de problemas, abstracção, retenção e transferência).
Intervenção Psicomotora (desenvolver capacidades perceptivas, movimentos básicos fundamentais, coordenação motora e comunicação não verbal)
Aparentemente, as crianças cegas demonstram progressos relativamente lentos na leitura do Braille até aos 9 anos, revelando apenas um domínio significativo dos mecanismos da leitura táctil por volta dos 11 anos.
De uma forma genérica, podemos afirmar que as condições básicas para uma boa aprendizagem do Braille se apresentam razoavelmente propícias e minimamente
estáveis desde os 6 até cerca dos 10/11 anos, verificando-se aparentemente a sua brusca e extremamente acentuada deterioração a partir dos 12/13 anos
(Alberto Mendonça e Vítor Reino, 1992/93)
Em casos de prognóstico oftalmológico reservado ou de quadros psico-educacionais particularmente complexos e ambíguos, não existe qualquer inconveniente em promover uma aprendizagem paralela e simultânea do sistema visual e do Braille, reservando para mais tarde a eleição do sistema a ser prioritariamente utilizado pelo sujeito.
À medida que a idade de iniciação no Braille vai avançando, reduz-se significativamente a dificuldade de apreensão do código em si mesmo, aumentando,
inversamente, os problemas de ordem perceptiva e psicomotora envolvidos na aquisição de um ritmo aceitável de leitura.
Uma boa leitura do Braille pressupõe várias aquisições de ordem cognitiva, verbal, espacial e psicomotora, devendo começar a ser preparada e trabalhada em níveis precoces do desenvolvimento.
Para uma boa velocidade de leitura a pressão exercida pelos dedos deve ser
tão fraca e constante quanto possível, o que se verifica
invariavelmente nos leitores mais hábeis.
As AVD têm como objectivo proporcionar
oportunidades educativas funcionais que habilitem o aluno deficiente visual a desenvolver, de forma independente, tarefas que lhe permitam participar activamente no ambiente em que vive.
É de grande importância o trabalho com a família, paralelamente ao que é feito com o deficiente visual, através de reuniões, permitindo que se desenvolvam estratégias para a prática das Actividades de Vida Diária, com eles desenvolvidas na escola. Muitos pais, diante das dificuldades de seus filhos, tornam-se super-protectores e, assim, impedem a criança de vivenciar experiências que contribuirão para a sua autonomia.
Só se aprende aquilo que se vive concretamente. É
importante que se faça as próprias descobertas através da manipulação e exploração do ambiente
O deficiente visual a conhecer a estrutura do computador, deve saber movimentar-se nas suas unidades, pastas, subpastas, menus.
O cego precise de uma preparação prévia e muito treino , muitas das vezes necessitando da colaboração de outra pessoa para obter a descrição da disposição da informação disponível no ecrã e o modo como se pode aceder a essa mesma informação.
O deficiente visual precisa de conhecer o teclado do
computador: o nome de cada tecla, e a sua função e
localização, tem que saber utilizar ambas as mãos e
todos os dedos, conhecendo as funções que competem a cada dedo.
utilização de teclas de atalho
A possibilidade que um indivíduo portador de deficiência visual tem de poder agarrar num livro vulgar (desde que se trate de um livro de texto corrido, sem imagens, sem esquemas, sem gráficos complicados...), e digitalizá-lo, com o auxílio de um scanner e ficar com o seu conteúdo à disposição,bastando-lhe para isso possuir um computador, um leitor de ecrã (leitor de voz sintetizada) ou uma linha braille, vem alargar o acesso à informação
competências visuais implicadas na leitura
treino da visão para maior eficiência na leitura
estratégias para aumentar a velocidade leitora
exercicios para grupos especificos de leitores
treino de visão em crianças e jovens em idade escolar
treino da visão em crianças nas primeiras idades
competências visuais básicas
A criação de ambientes estruturados integrando estímulos visuais seleccionados e controlados de forma a estimular respostas visuais, nomeadamente a consciência e a exploração visual, bem como comportamentos motores guiados pela visão.