Os cromossomos sexuais e
seus distúrbios:
Anormalidades citogenéticas dos
cromossomos sexuais e suas
respectivas taxas de incidência.
Sindrome de Turner 45, X e Variantes
Existe uma grande taxa de abortos
espontâneos para essa síndrome,
cerca de 99%.
As mulheres com sindrome de Turner
geralmente tem inteligência normal,
porém em alguns casos é necessário
educação especial.
As características físicas geralmente são:
Baixa estatura, disgenesia gonadal, face
com características incomuns, pescoço
alado, baixa implantação posterior de
cabelos, toráx amplo com hipertelorismo
mamário e elevada incidência de
anomalias renais e cardiovasculares
A incidência é de um a cada 4000 vivos
(mulheres) e a constituição mais
frequente é a 45, X com cerca de 50%
dos casos.
Trissomia do X 47,XXX
Os estudos de acompanhamento
mostraram que as mulheres XXX sofrem as
alterações da puberdade numa idade
apropriada, mas há relatos de puberdade
precoce em certas pacientes. Algumas
deram à luz crianças, e estas são
praticamente todas cromossomicamente
normais. Há deficit significativo do
desempenho em testes de QI, e cerca de
70% dos pacientes têm problemas do
aprendizado graves.
A incidência é de um a cada 1000 nascidos
vivos (mulheres) e apesar de apresentaram
uma estatura maior do que a média, as
pacientes são fenotipicamente normais
Sindrome 47,XYY
Cerca de metade dos meninos 47,XYY
necessita de intervenção educacional
devido ao atraso de linguagem e
dificuldades de leitura e escrita.
A incidência é de um a cada 1000 nascidos
vivos (homens) e fisicamente os portadores
não são distinguíveis dos homens XY.
Sindrome de Klinefelter 47,XXY
Existem muitas variante da síndrome de
Klinefelter com outros cariotipos além do
47,XXY sendo alguns deles: 48,XXYY /
48,XXXY e 49,XXXXY. Cpmo regra
quando mais cromossomos X adicionais (
ainda que inativados) maior o grau de
expressão fenotipica, com um maior
dimorfismo da síndrome.
A incidência é de pelo menos um a cada
1000 (homens) nascidos vivos e em
virtude do fenótipo relativamente brando
e variável, presume-se que muitos casos
não sejam detectados.
Os indivíduos afetados são altos, magros e
têm pernas relativamente longas. Além
disso suas características sexuais
secundárias não se desenvolve apesar da
puberdade. Pacientes podem apresentar
ginecomastia e são quase sempre inférteis
devido a falha no desenvolvimento das
células germinativas.
O fenótipo de Klinefelter foi a primeira
anormalidade de cromossomo sexual
relatada.
Distúrbios do desenvolvimento
sexual e gonadal:
Pseudo-hermafrodismo Masculino:
Essa condição resulta na feminilização da
genitalia externa em homens afetados.
Embora o desenvolvimento testicular seja
normal, o pênis é pequeno e há uma
vagina de fundo-cego. A definição de
gênero pode ser difícil.
Homens pseudo-hermafrodistas tem
cariotipo 46,XY com disturbios
hereditários da biossíntese e
metabolismo da testosterona.
Pseudo-hermafrodismo Feminino:
Geralmente é causado por hiperplasia
adrenal congênita (HAC). E com a
produção excessiva de androgênios
causa masculinizarão da genitália
externa, com hipertrofia do clitóris e
fusão labial.
Mulheres pseudo-hermafrodistas tem
cariotipo 46,XX com tecido ovariano,
porém com genital ambígua ou
masculina.
Disgenia gonadal:
Após a analise detalhada de um sub-grupo
de mulheres 46,XY com sexo invertido cujos
genes SRY não estavam deletados ou
mutados revelou uma fina interação entre o
gene DAX1 e o SRY. Um excesso de DAX1
pode suprimir a atuação do SRY levando ao
desenvolvimento ovariano.
A base cromossômica da
determinação sexual.
Cromossomo X:
Centro de inativação do X e o Gene XIST:
Embora a maneira como o XIST age ainda
não ser totalmente conhecida, sabe-se que a
inativação do X só acontece em sua presença,
e que o produto do XIST mantém íntima
relação com o corpúsculo de Barr.
O centro de inativação do X foi mapeado
próximo a Xq, na banda Xq13 e tal centro
contém um gene incomum, o XIST que
aparenta ser a chave o locus regulador da
inativação do X.
Inativação do Cromossomo X:
Em circunstâncias normais, a escolha do
cromossomo a ser inativado é aleatória e
deste modo, as mulheres são mosaico em
relação a expressão dos genes ligados ao X,
pois algumas células apresentam o X
herdados do pai mas não os da mãe
enquanto outras fazem o contrário.
Em circunstâncias fora do padrão, como
por exemplo quando o cariótipo
apresenta um X estruturalmente
anormal, este será preferencialmente
inativado.
Segundo a teoria da inativação do X, nas
células somáticas de mulheres normais
um dos Cromossomos X é inativado na
fase precoce do desenvolvimento,
visando igualar a expressão do gene
ligado ao X nos dois sexos ( ou seja, essa
inativação não ocorre em homens).
O Cromossomo Y, Gene SRY e possíveis
mutações:
Durante a meiose I, normalmente os
cromossomos X e Y fazem a
recombinação genética das regiões
pseudo-autossômicas Xp e Yp.
Entretanto existem raras
possibilidades dessa recombinação
ocorrer fora dessa região que por
conseguinte acarreta em duas
anormalidades: Homens XX e
Mulheres XY
Os primeiros estudos citogenéticos
estabeleceram a função
testículo-determinante do
cromossomo Y
Conceito de desenvolvimento:
A rota ovariana é seguida a não que aja
presença do gene ligado ao Y, designado
fator testiculo-determinante (SRY) aja
como um interruptor desviando para a
rota masculina.
É determinado pela ação coordenada de
uma sequência de genes que leva
normalmente ao desenvolvimento
ovariano quando o Y está ausente ou
testicular com Y está presente
Logo após a análise citogenética torna-se
possível, a base fundamental do sistema
de determinação sexual XX/XY ficou clara.