Protocolo de Montreal
Os CFCs
Buraco da Camada de Ozono
Camada do Ozono
Degradação da camada de ozono
Medidadas tomadas mundialmente para combater a degradação
Com efeito, cerca de dois anos após a descoberta do buraco do ozono sobre a atmosfera da Antárctica, os governos de diversos países, entre os quais a maioria dos países da União Europeia, assinaram em 1987 um acordo, chamado Protocolo de Montreal, com o objectivo de reconstituir a concentração de ozono na alta atmosfera. O único método conhecido de protecção da camada do ozono é limitar a emissão dos produtos que o danificam e substitui-los por outros mais amigos do ambiente, como os hidrofluorcarbonetos (HFC), que por não conterem cloro não destroem a camada de ozono.
No entanto os HFCs são extremamente persistentes no ambiente, fazendo parte dos gases com efeito de estufa.
Assim sendo, mais de 60 países comprometeram-se a reduzir em 50% o uso de CFC até finais de 1999, com o Protocolo de Montreal, com o objetivo de reconstituir a concentração de ozono na alta atmosfera.
Os CFCs, resultantes da poluição provocada pelo Homem, sobem para a estratosfera completamente inalterados devido à sua estabilidade e na faixa dos 10 a 50 km de altitude, onde os raios solares ultravioleta os atingem, decompõem-se, mas com certa dificuldade devido à sua estabilidade, no caso do CFC, o cloro é o causador da reacção química que destrói o ozono. Uma vez liberto, um único átomo de cloro destrói cerca de 100 000 moléculas de ozono antes de regressar à superfície terrestre, muitos anos depois, três a cinco porcento, do total da camada de ozono já foi destruído pelos clorofluorcarbonetos. Outros gases, como o óxido nítrico (NO) libertado pelos aviões na estratosfera, também contribuem para a destruição da camada do ozono.
Consequências da degradação da Camada do Ozono
A consequência imediata da exposição prolongada à radiação ultravioleta é a degeneração celular que originará um cancro da pele entre outras doenças nos seres humanos, em casos extremos pode até levar à morte. No final da década de 1990, os casos de cancro da pele registados devido ao buraco na camada de ozono tiveram um aumento de 1000% em relação à década de 1950.
Em quantidades muito pequenas, as radiações ultravioleta são úteis à vida, contribuindo para a produção da vitamina D, indispensável ao normal desenvolvimento dos ossos.
A radiação ultravioleta excessiva pode também diminuir a taxa de crescimento de plantas e aumentar a degradação de plásticos afectando ecossistemas terrestres e aquáticos, alterando o crescimento, cadeias alimentares e ciclos bioquímicos. A quantidade de ozono troposférico contribui também para o agravamento do aquecimento global.
Regiões mais afetadas
Os pólos são as zonas mais afectadas pelo buraco na camada de ozono. A razão para esse facto está relacionada com as especiais condições meteorológicas nessas zonas do globo, especialmente o Pólo Sul (Antárctida). Durante o Inverno quando os raios solares não atingem esta região do planeta, as temperaturas são baixíssimas, formando-se umas nuvens de constituição diferente das que costumamos observar. Isto vai criar uma conversão mais rápida e fácil dos CFCs em radicais de cloro destrutivos de ozono. Como as massas de ar circulam em camadas sobrepostas, dos Pólos para o Equador e no sentido inverso, estas têm a capacidade de transportar poluentes para milhares de quilómetros de distância de onde estes foram emitidos.