por Ana Silva 4 anos atrás
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A compreensão do próximo que necessita da consciência da complexidade humana.
Pág 107 (Edgar Morin)
Supõe uma convicção, uma fé, uma escolha ética e, ao mesmo tempo, a aceitação que sejam expressas as ideias, convicções, escolhas contrárias ás nossas.
A tolerância pressupõe um sofrimento em suportar a expressão de ideias negativas ou, segundo nós, prejudiciais e uma vontade de assumir esse sofrimento.
Pág 108 (Edgar Morin)
4º: Consciência das possessões humanas
Pelos mitos, ideologias, ideias ou deuses.
A tolerância vale com certeza para as ideias, não para os insultos, agressões, actos homicidas.
3º: Obedece à concepção de Niels Bohr
O contrário de uma ideia profunda é uma outra ideia profunda, ou seja, existe uma verdade na ideia contrária à nossa, e é esta verdade que é preciso respeitar.
2º: Inseparável da opção democrática
É próprio da democracia alimentar-se de opiniões diversas e opostas; assim o principio democrático ordena a cada um que respeitar a expressão das ideias contrárias das suas.
1º: Expresso por Voltaire
Constringe-nos a respeitar o direito de proferir um propósito que nos parece desrespeitador.
Estamos abertos a alguns próximos privilegiados, mas continuamos a maior parte do tempo fechados para com o próximo.
Através do cinema e da projecção e identificação daquilo que vemos na vida real simpatizamos e compreendemos o outro.
Com base na página 108 (Edgar Morin)
Devemos ligar a ética da compreensão entre pessoas com ética da era planetária.
As culturas devem aprender umas com as outras.
Compreender é também aprender e re-aprender constantemente.
Quando se trata de arte, de música, de literatura, de pensamento, a mundialização cultural não é homogéneo.
A compreensão entre sociedades supões sociedades democráticas abertas, o que significa que o caminho da compreensão entre culturas, povos e nações passa pela generalização das sociedades democráticas abertas.
Pág 109 (Edgar Morin)
É a arte de viver que nos solicita primeiro compreender de forma desinteressada.
Exemplo:
Aquele que é ameaçado de morte por um fanático compreende porque é que o fanático o quer matar, sabendo que aquele nunca o compreenderá.
Ética da compreensão solicita-nos compreender a incompreensão. A compreensão não desculpa.
Pág 106 (Edgar Morin)
Prática mental e auto-exame permanente de si.
O auto-exame crítico permite-nos descentrar-nos relativamente em relação a nós mesmos, por conseguinte reconhecer e julgar o egocentrismo.
Pág 107 (Edgar Morin)
É o modo de pensar que permite apreender em conjunto o texto e o contexto, o ser e o seu ambiente, o local e o global, o multidimensional, resumindo o complexo, quer dizer as condições do comportamento humano.
Pág 106 (Edgar Morin)
Os obstáculos exteriores à compreensão intelectual ou objectiva são múltiplos.
Por exemplo:
Pág 101 e 102 (Edgar Morin)
Modo de pensar dominante, redutor e simplificador, aliado aos mecanismos de incompreensão que determina a redução de uma personalidade, múltipla por natureza, a um só dos seus traços.
Pág 104 e 105 (Edgar Morin)
Alimentam a xenofobia e racismos e podem ir até ao ponto de retirar ao estrangeiro a qualidade de humano.
Pág 104 (Edgar Morin)
Auto-justificação, auto-glorificação e a tendência de imputar ao próximo, seja estranho ou não.
A Self-Deception é um jogo rotativo complexo de mentira, sinceridade, convicção e duplicidade.
Pág 103 (Edgar Morin)
Compreender, idealizar, identificar e simpatizar com o outro.
A compreensão humana ultrapassa a explicação. A explicação é suficiente para a compreensão intelectual ou objectiva das coisas anónimas ou materiais. É insuficiente para a compreensão humana.
Pág 101 (Edgar Morin)
Inteligibilidade e explicação.
A compreensão intelectual passa pela inteligibilidade e pela explicação. Explicar é considerar o que falta conhecer como um objecto e aplicar todos os meios objectivos de conhecimento.
Pág 100 (Edgar Morin)