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por Ana Lúcia Isidoro 7 anos atrás

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Modelo de Dupla Hélice

Desde o nascimento, os bebês têm uma capacidade inata de formar vínculos, essenciais para o desenvolvimento social e cognitivo. A qualidade dessas relações entre pais e bebê pode determinar sentimentos de satisfação ou frustração, influenciando o desenvolvimento emocional, psíquico e cognitivo.

Modelo de Dupla Hélice

Maturidade à velhice

Transiação para idade adulta

Adolescência

Infância - Adolescência "período de latência"

Entre a infância e a adolescência: o período de latência

Período de latência – dos 6 aos 10 anos

Subtópico

Primeira Infância

dinâmica equivalente entre a vinculação e individuação

Após nascimento

Vinculação predominante/Individuação existente

Período de Gestação

Vinculação predominante

MODELO DE DUPLA HÉLICE

Breve explicação

A dupla hélice psicológica: a hélice da vinculação e a separação/individualização

A dupla hélice psicológica consiste numa espiral composta por duas longas e sinuosas cadeias, cuja extensão corresponde à extensão total do ciclo de vida do ser humano. Uma das hélices representa o grau de vinculação da pessoa a outro ser humano; a outra hélice ao grau de separação-individualização da mesma pessoa. E ao longo da vida, nas diferentes idades, elas vão sofrendo alterações na aproximação do eixo central da dupla hélice.

O objectivo principal do modelo é o de afirmar que, ao longo de toda a vida, ocorre uma interacção dialética entre vinculação e separação individualização, não antagónica.


Vinculação

Carcaterísticas

Principais características da dupla hélice psicológica:

1) Desenvolvimento psicológico humano progride de acordo com um padrão ascensional

em espiral de dupla hélice: organização assimétrica em torno de um eixo central, em

que uma hélice predomina a outra. Quando o processo de vinculação é estabelecido a

criança sente-se segura para explorar o meio, e estabelecer novos laços, logo, o

processo de separação-individuação tende a aumentar.

2) Interação meio e processo de desenvolvimento das hélices: Ao longo da vida, ambas

as hélices estão ativas e mudam a sua distância em relação ao eixo mediante os

estímulos internos e externos (meio).

3) Interação entre as duas hélices – distância entre si e relativamente ao eixo central:

Maior distância ao eixo de uma das hélices significa que nesta fase do ciclo de vida um

dos processos predomina o outro. Exemplo, na primeira infância, a hélice de vinculação

está mais ativa e predomina a outra, no sentido que o processo de vinculação é

fundamental para o desenvolvimento saudável e seguro da criança.


Nesta teoria – da dupla hélice psicológica – ambos os processos são interativos e nunca

antagónicos. A relação bebé-figura parental potencia a separação-individuação e, esta estimula o sistema vinculativo. O indivíduo pode permitir-se ao afastamento, por certeza da ligação segura aos pais.

Separação/individuação

Permissas

Premissas da «dupla hélice psicológica»

1) Desenvolvimento psicológico acontece da interação do processo de vinculação e do

processo de separação-individuação: concebido como duas hélices com distâncias

diferentes em relação a um eixo central que representa o a evolução psicológica,

aproximando mais ou menos desse centro, consoante predominam os processos de

vinculação ou de separação no quadro familiar.

2) Simultaneidade: ambos os processos ocorrem ao mesmo tempo, ao longo da vida.

3) Vinculação: Necessidade primária de criar laços afetivos, como meio de assegurar

segurança e proteção.

4) Individuação-separação: Necessidade primária de criar a sua própria individualidade,

identidade, não se fundir com o Outro a que se está vinculado.

5) Estes dois processos predominam em diferentes etapas da vida: exemplo, na primeira

infância, vinculação; na adolescência, separação-individuação.